Do Mundo-Nipo com Agências
O dólar fechou em alta frente ao real nesta sexta-feira (13), encerrando a semana com alta acumulada em quase 2%, com investidores minimizando o bom humor nos mercados externos e focando na deterioração dos fundamentos macroeconômicos brasileiros, buscando também aumentar a posição na moeda americana uma vez que os mercados estarão fechados na terça-feira de Carnaval e só reabrirão na quarta-feira de Cinzas, às 13h.
A moeda norte-americana encerrou o dia com valorização de 0,37%, cotada a R$ 2,8313 na venda, após atingir R$ 2,8590 na máxima da sessão, alta de 1,35%. Segundo dados da BM&F, o movimento financeiro ficando em torno de US$ 1,1 bilhão.
Com o resultado, o dólar encerra a semana com valorização de 1,91% sobre o real. No mês, acumula ganhos de 5,28% e, no ano, de 6,49%.
Preocupações no mercado doméstico, principalmente em relação à aprovação das medidas de ajuste fiscal, sustentam a demanda por dólar no mercado local.
Alguns investidores temiam que a perspectiva de contração econômica e inflação acima do teto da meta neste ano, somada à crise na Petrobras e ao possível racionamento de energia e água, possa provocar a perda do grau de investimento brasileiro, o que diminuía o apetite por ativos domésticos.
Por isso, o mercado doméstico se descolou um pouco do quadro externo, onde o acordo de cessar-fogo na Ucrânia e esperanças de um compromisso que resolva o impasse em torno da dívida da Grécia traziam alívio aos mercados financeiros, bem como dados melhores do que o esperado sobre a economia da zona do euro, destacadamente a Alemanha.
Além disso, a expectativa de que a economia americana vem se recuperando reforça as apostas de que o Federal Reserve deve subir a taxa básica de juros neste ano e sustenta a alta do dólar frente às demais moedas.
Hoje o divulgação do Índice de Confiança da Universidade de Michigan mais fraco nos Estados Unidos contribuiu para um recuo do dólar frente às principais divisas.
A moeda americana recuava 0,36% em relação ao dólar australiano, 0,60% diante do rand sul-africano, 0,26% frente à lira turca e 0,05% em relação ao peso mexicano.
Os investidores a aguardam a divulgação da ata do Comitê de Mercado Aberto (Fomc) na semana que vem, que poderá trazer novos sinais sobre os próximos passos do Federal Reserve no processo de normalização da política monetária.
No Brasil, apesar da escala do dólar em fevereiro, o Banco Central não deu sinais de que pretende reforçar as atuações no mercado de câmbio, programadas para durar “pelo menos” até 31 de março.
Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de até 2 mil swaps cambiais pelas rações diárias, com volume correspondente a US$ 97,8 milhões. Foram vendidos 600 contratos para 1º de dezembro de 2015 e 1.400 contratos para 1º de fevereiro de 2016.
O BC também vendeu a oferta integral de até 13 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 2 de março, equivalentes a US$ 10,438 bilhões de dólares. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 60% do lote total.
(Com informações das Agências Reuters e Valor Online)
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