O acúmulo de água contaminada por radioatividade no danificado complexo nuclear de Fukushima, no nordeste do Japão, precisa ser tratado com urgência, alertou a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) na terça-feira (13).
O pedido, feito após uma visita de especialistas da AIEA ao local, veio depois que a proprietária da usina, a Tokyo Electric Power (Tepco), admitiu que a água tratada ali ainda contém material radioativo, apesar de passar anos dizendo que fora removido.
A decisão de se livrar da água “deve ser tomada urgentemente, engajando todos os envolvidos, para garantir a sustentabilidade das atividades de desativação”, disse a AIEA depois que sua equipe passou cerca de uma semana revisando os esforços de limpeza.
Em seu comunicado, a agência disse que lidar com a água é “crucial” para a limpeza depois que três reatores sofreram derretimentos na sequência de explosões provocadas pela perda de energia e das providências para o resfriamento depois que águas invadiram o complexo nuclear em 11 de março de 2011. Tais águas foram levadas por um gigantesco tsunami gerado após o potente terremoto ocorrido no mesmo dia, cuja potência quase devastou o nordeste japonês e gerou a pior crise nuclear mundial desde a ocorrida em Chernobyl em 1986.
A confissão da Tepco pode acabar com suas chances de liberar a água no oceano, uma medida que a agência nuclear reguladora do Japão disse ser o método preferencial e seguro, mas ao qual pescadores locais se opõem.
Ainda há cerca de 1 milhão de toneladas de água armazenado na usina, suficiente para cerca de 500 piscinas olímpicas, com níveis detectáveis de partículas radioativas potencialmente danosas, disse a Tepco ao governo no dia 1o de outubro.
Mundo-Nipo
Com a Agência Reuters
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