Em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (14), um representante da Agência da Casa Imperial do Japão, Shinichiro Yamamoto, afirmou que a o rumor espalhado ontem pela mídia japonesa sobre uma possível abdicação do imperador Akihito “não é verdade”, informou a emissora pública ‘NHK’.
Citando como fonte pessoas próximas à família imperial, a ‘NHK’ noticiou na quarta-feira (13) que o imperador, de 82 anos, pretendia abdicar do “Trono do Crisântemo”, intenção que teria comunicado à esposa, a imperatriz Michiko, e aos dois filhos, principalmente ao príncipe herdeiro do Japão, Naruhito. A ‘NHK’ afirmou ainda, de acordo com as fontes, que a intenção de Akihito em abdicar teria como motivo principal a saúde debilitada do monarca.
Informação que também foi noticiada pela ‘Kyodo’, principal agência de notícias do país e uma das maiores da Ásia.
A Constituição Meiji, que marcou o nascimento do Japão moderno, bem como as leis originais que regem a Casa Imperial, que entrou em vigor na mesma época, veta a possibilidade de abdicação. Mediante a isso, seria necessária uma revisão, com tramites julgados ainda pela Parlamento Japonês, para satisfazer a suposta vontade do imperador.
Se Akihito abdicasse, seria a primeira vez que tal ato ocorreria na linha de sucessão da Família Imperial do Japão desde o imperador Kokaku, que abdicou em 1817.
Devido ao caráter sensível do assunto, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, se recusou a comentar sobre a questão, assim como o porta-voz do Executivo, Yoshihide Suga.
Akihito, que nos últimos anos passou por uma série de enfermidades, com uma cirurgia cardíaca e tratamento para câncer de próstata, chegou ao trono aos 55 anos, em 7 de janeiro de 1989, após a morte do pai, o imperador Hirohito, que teve o mais longo governo entre todos os imperadores, de 1926 a 1989.
Contudo, alguns dos principais jornais japoneses, como o ‘The Asahi Shimbun‘, alerta que Akihito, um imperador com ideais inovadores, já manifestou interesse de uma revisão na Lei da Casa Imperial, que inclui mudar o estatuto que veta a ascensão do sexo feminino ao trono, abrindo assim as postas para a princesa Aiko, filha única do príncipe herdeiro Naruhito, e que por direito seria a terceira na linha de sucessão ao trono japonês.
Fontes: NHK News jp| Notícias ao Minuto pt.
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