O dólar recuou mais de 2% ante o real nesta quarta-feira (14), mas ainda fechou no nível de R$ 3,80, acompanhando o movimento de baixa da moeda nos mercados externos após dados fracos na China e nos Estados Unidos reforçar as apostas de que o Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) elevará os juros na maior economia do mundo somente no ano que vem, o que ajudou as moedas emergentes ganhar força frente à divisa americana.
Ao término da sessão, o dólar estava cotado a R$ 3,8126 na venda, recuo de 2,08%, após saltar 3,58% na véspera, a maior alta diária em mais de quatro anos. No mês, a divisa acumula queda de 3,86%. No ano, porém, há valorização é de 43,4%.
Cenário externo
Dados fracos sobre a inflação na China reforçaram a percepção de que a desaceleração da segunda maior economia do mundo esteja afetando, em parte, os EUA, o que reforça as chances de o Federal Reserve só elevar a taxa de juros no país em 2016.
A inflação na China, medida pelo índice de preços ao consumidor, avançou 1,6% em setembro, abaixo do que era esperado por economistas (1,8%).
Nos Estados Unidos, os preços ao produtor recuaram 0,5% em setembro, queda bem maior do que a baixa de 0,2% projetada por analistas em pesquisa da agência Reuters. Já as vendas no varejo subiram 0,1% no período, contra expectativas de alta de 0,2%.
A divulgação do Livro Bege reforçou a perspectiva de que a economia americana continuou se expandindo em um ritmo modesto no terceiro trimestre, com a atividade desacelerando em alguns lugares e o dólar alto impactando a atividade manufatureira e gastos com turismo, o que reforça ainda mais a chance do Fed adiar a alta de juros , sustentando a demanda por ativos de maior risco.
Cenário interno
No mercado local, os investidores seguem acompanhando o cenário político. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, disse que não pretende analisar mais nenhum pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff pelo menos até a próxima sexta-feira. Ainda restam três pedidos a serem analisados.
Atuações do Banco Central
Nesta manhã, o Banco Central deu continuidade à rolagem dos swaps cambiais (equivalentes a venda futura de dólares) que vencem em novembro, vendendo a oferta total de até 10.275 contratos.
Até agora, a autoridade monetária já rolou R$ 4,606 bilhões, ou cerca de 45% do lote total, que corresponde a US$ 10,278 bilhões.
Fontes: Agência Reuters | Valor Econômico.
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