Cotação baixa atrai investidores e dólar sobe após cair ao patamar de R$2,59

A moeda se valorizou após registrar dois dias consecutivos de queda ante o real.

Do Mundo-Nipo com Agências

O dólar fechou em alta ante o real nesta quinta-feira (15), com os investidores aproveitando para comprar divisas em meio à cotação baixa da moeda americana, que chegou recuar abaixo de R$ 2,60 durante o pregão.

Depois de registrar dois dias consecutivos de queda, a moeda norte-americana encerrou hoje com alta de 0,80%, cotada a R$ 2,6342 na venda, após atingir R$ 2,5955 na mínima da sessão, queda de quase 1% e menor nível intradia em pouco mais de um mês. Segundo dados da BM&F, o movimento financeiro ficou em torno de US$ 2 bilhões.

A alta de hoje minimizou um pouco as perdas da moeda americana frente ao real. Somente nos últimos cinco pregões até a véspera, o dólar havia recuado 3,04% ante a moeda brasileira.

Nesta sessão, o dólar chegou a romper o suporte de R$ 2,60 pela primeira vez em mais de um mês, mas a moeda americana passou a ganhar força com a queda do preço das commodities. Além disso, o movimento ainda reflete uma correção, depois de dois dias consecutivos de queda do dólar.

Expectativas de que o Banco Central Europeu (BCE) adote já na semana que vem programa de compra de títulos de governos, conhecido como “quantitative easing”, vêm contribuindo para aliviar o dólar nos mercados internacionais. A percepção de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, poderia ser “paciente” para elevar os juros também tem ajudado.

Isso porque, se essas expectativas se confirmarem, recursos externos tenderiam a migrar para ativos que pagam rendimentos elevados, como os brasileiros.

Nesta quinta-feira, o franco suíço também atraiu atenções, após o banco central da Suíça surpreender o mercado ao abandonar o teto de 1,20 franco por euro, imposto desde setembro de 2011. Além disso, a autoridade monetária suíça reduziu a taxa de depósito de -0,25% para -0,75%, para tentar limitar a apreciação da moeda.

Com isso, a moeda suíça disparou e subia 15,31%. A medida provocou um ajuste de portfólio, com a redução da exposição a ativos de maior risco e busca por ativos considerados porto seguro. Um reflexo desse movimento é a alta de 0,75% do iene frente ao dólar e a queda das taxas dos Treasuries. O franco também chegou a disparar 30% contra o euro e 25% contra o dólar.

Operadores afirmaram, contudo, que as turbulências vindas da Suíça tiveram impacto bastante limitado no mercado brasileiro, uma vez que a perspectiva de maior disciplina fiscal no Brasil tem animado investidores.

Medidas de controle das contas públicas anunciadas pela nova equipe econômica vêm agradando os agentes financeiros.

Intervenções do Banco Central no câmbio
Nesta manhã, o Banco Central brasileiro deu continuidade às intervenções diárias no câmbio, vendendo até 2 mil contratos de swap cambial, que equivalem a venda futura de dólares. Todos os contratos vendidos vencem em 1º de dezembro e correspondem a US$ 98,0 milhões. Também foram ofertados swaps para 1º de setembro, mas nenhum foi vendido.

O BC também vendeu a oferta integral de até 10 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 2 de fevereiro, equivalentes a US$ 10,405 bilhões. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 47% do lote total.

(Com informações das Agências Reuters e Valor Online)

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