Dólar tem 5ª alta seguida, mas ainda fecha abaixo de R$4

Apesar da série de alta, o dólar acumula queda de 0,69% em fevereiro. Mercado teve baixo volume em razão de feriado nos EUA.
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Foto: Shutterstock

Depois de cair pela manhã, o dólar mudou de rumo e fechou em alta nesta segunda-feira (15), um dia marcado pelo baixo volume de negócios por conta do feriado nos Estados Unidos, o que deixou os mercados norte-americanos fechados.

A quinta alta consecutiva da moeda americana no mercado interno ocorre na contramão dos mercados externos, onde os investidores estiveram mais tranquilos diante do fortalecimento do yuan, após feriado de uma semana nos mercados da China, por conta das celebrações do Ano Novo Chinês.

A moeda norte-americana subiu 0,17%, cotada a R$ 3,9963 na venda, após atingir R$ 4,0005 na máxima e R$ 3,9770 na mínima. Trata-se da quinta alta consecutiva do dólar frente ao real. Apesar isso, a moeda acumula queda de 0,69% em fevereiro. Em 2016, porém, tem valorização de 1,22%.

Cenário externo

A volta relativamente tranquila dos mercados chineses, a valorização do yuan e a continuidade do movimento de alta do petróleo contribuíram para reduzir a aversão a risco no exterior e sustentaram a queda do dólar frente às principais moedas emergentes.

A moeda chinesa subiu 1,14% em relação ao dólar, a maior valorização em um único dia desde 2005, após o banco central chinês ter descartado futuras desvalorizações do yuan no curto prazo.

Em entrevista publicada no último fim de semana na revista chinesa Caixin, o presidente do Banco do Povo da China (Pboc, Banco Central), Zhou Xiaochuan, afirmou que não há razões para desvalorizar o yuan e que o governo chinês não tem a intenção de impor controle de capital no país.

A notícia trouxe um alívio para os mercados, que juntamente com a perspectiva da adoção de mais estímulos monetários na Europa, contribuiu para o aumento do apetite por ativos de risco. Hoje o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, disse que está pronto para afrouxar a política monetária em março se a turbulência no mercado financeiro ou o efeito de contágio dos preços baixos de energia reduzirem as expectativas de inflação.

Mercado interno

O mercado local descolou do movimento no exterior, em dia de liquidez reduzida por conta do feriado do Dia do Presidente nos Estados Unidos.  Com isso, o real  ficou para trás, pressionado por questões domésticas.

A volta efetiva das atividades no Congresso Nacional pode ser argumento para volatilidade nos mercados domésticos. No Conselho de Ética, será retomado o processo contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A análise das contas da presidente Dilma também pode ter algum avanço na Comissão Mista do Orçamento (CMO).
Além disso, a estratégia do governo para retomar o crescimento da economia, com a expansão do crédito via bancos públicos, aumenta a preocupação com o quadro fiscal e limita a recuperação do real frente ao dólar.

Atuações do Banco Central

Nesta manhã, o Banco Central promoveu mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em março, vendendo a oferta total de 11,9 mil contratos. Ao todo, a autoridade monetária já rolou US$ 4,643 bilhões, ou cerca de 46% do lote total, que equivale a US$ 10,118 bilhões.

== Mundo-Nipo (MN)
Fontes: Agência Reuters | Valor Econômico.

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