As principais encomendas de máquinas do setor privado do Japão cresceram em um ritmo muito acima do esperado em janeiro, saltando 15% em relação ao mês anterior, o que representa o segundo mês consecutivo de elevação e a maior alta mensal desde o ano fiscal de 2005, quando os dados se tornaram disponíveis, de acordo com dados sazonalmente ajustados e divulgados pelo governo do país.
O resultado veio muito acima da previsão mediana de economistas, que projetavam um aumento muito menor, de 4,7%. Além disso, a alta em janeiro vem após o avanço de 4,2% em dezembro, que foi revisado para +1% após ajustes sazonais. Esse aumento também contrariou a estimativa de mercado, que se baseou no drástico recuo de 14,4% em novembro.
Em janeiro, o núcleo das encomendas de máquinas, que excluem os pedidos das empresas de energia elétrica e do setor naval por causa da volatilidade, totalizou 934,7 bilhões de ienes, cerca de 8,2 bilhões de dólares, informou na terça-feira (14) o Escritório do Gabinete Japonês.
No período em análise e na mesma base de comparação, as encomendas do setor de manufatura saltaram 41,2%, para 462,5 bilhões de ienes em janeiro, marcando o primeiro aumento após três recuos mensais consecutivos.
Já as encomendas de empresas não manufatureiras, como as relacionadas com construção e serviços (excluindo os fornecedores de energia e do setor naval), subiram 1%, para 481,8 bilhões de ienes.
Com base em valores revistos com ajuste sazonal, o governo agora projeta que as encomendas no período janeiro-março subam 6,4% em relação ao trimestre anterior.
O total das encomendas, incluindo as do sector público nacional e no exterior, a alta chegou 8,8%, para 2,06 trilhões de ienes.
Apesar do ganho acentuado, o governo deixou inalterada a sua avaliação básica sobre as encomendas, dizendo que elas estão mostrando “sinais de recuperação”.
O índice é amplamente considerado como um dos principais indicadores futuros para as despesas de capital (investimentos das empresas para aquisição de maquinários e outros bens).
Além disso, as encomendas de máquinas representam cerca de 15% do Produto Interno Bruto (PIB) do Japão e são vistas pelo primeiro-ministro Shinzo Abe como um dos pilares para o crescimento do país.
(Com Agência Kyodo)
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