Especialistas e agências meteorológicas alertaram para uma grande possibilidade de o Japão receber neste ano o verão mais quente de sua história. De acordo com a Agência Meteorológica do Japão (JMA, na sigla em inglês), a principal causa para previsões de elevadas temperaturas neste verão, além do aquecimento global, está no fato de que as condições no Oceano Pacífico, bem como na atmosfera, estão propícias para ocorrência de fenômenos climáticos, como o La Niña, que é esperado se desenvolver em julho deste ano.
O órgão explica ainda que as condições climáticas estão semelhantes a 2010, ano em que as temperaturas entre junho e agosto foram tão altas que ultrapassaram todas os registros no país, que são reportados desde 1898, informou nesta quarta-feira (15) o ‘The Asahi Shimbun’, jornal mais antigo do país.
O fenômeno La Niña (responsável pela redução da temperatura na superfície das águas do Pacífico) entrou em pleno desenvolvimento poucos meses após o efeito contrário El Niño (que aquece a superfície das águas do Oceano Pacífico Equatorial) se extinguir durante a primavera japonesa de 2010, detalhou a revista online ‘Alternativa.jp’.
Mediante a isso e outras questões técnicas, a JMA acredita que o fenômeno La Niña se desenvolva novamente em julho deste ano. Se isto ocorrer, uma alta pressão atmosférica irá se expandir no Pacífico em direção norte, o que deve atingir o arquipélago e provocar temperaturas mais quentes em várias regiões.
Ainda de acordo com a ‘Alternativa.jp’, o professor Hisashi Nakamura, do Centro de Pesquisa em Tecnologia e Ciência Avançada da Universidade de Tóquio, acredita que o fenômeno La Niña, que tem efeito mais potente que o efeito El Niño, “poderá se fortalecer este ano e provocar um calor no mesmo nível de 2010”.
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