O vice-secretário-chefe do gabinete japonês, Hiroshige Seko, anunciou nesta quarta-feira (15) que o Japão “seguirá tomando todas as medidas possíveis para proteger e vigiar as águas e o espaço aéreo pertencentes ao território japonês”.
Falando em uma coletiva de imprensa nesta manhã (horário local), Seko disse que o Departamento de Assuntos da Ásia e da Oceania, que é do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Japão, entrou em contato com a embaixada da China em Tóquio. O departamento, segundo Seko, disse estar preocupado com as atividades chinesas como um todo.
Segundo ele, o departamento procurou a embaixada da China para “expressar uma séria preocupação” sobre a entrada de uma embarcação da marinha chinesa em águas territoriais do Japão nesta quarta-feira. Na semana anterior, um navio militar chinês já havia passado por águas japonesas na zona contígua próxima às Ilhas situadas no Mar da China Oriental, conhecidas como Senkaku, no Japão, e Diayou, na China.
O departamento informou que um avião de patrulha do tipo P-3C, da Força Marítima de Autodefesa do Japão, avistou a embarcação chinesa, de coleta de informações, por volta de 3h30 desta quarta-feira (15h30 de terça-feira em Brasília). O órgão declarou ainda que a embarcação deixou as águas japonesas cerca de 90 minutos depois, por volta de 5h de quarta-feira (17h de terça pelo horário de Brasília).
Ainda nesta quarta-feira, o Ministério da Defesa da China divulgou um comunicado sobre a entrada da embarcação em águas japonesas no mesmo dia.
No texto, o ministério afirma que o estreito é usado para navegação internacional, afirmando ainda que “navios militares chineses podem cruzá-lo sem ferir a convenção da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o princípio da liberdade de navegação”.
De acordo com a lei internacional, embarcações civis e militares podem cruzar águas territoriais de outras nações desde que não violem princípios de ordem e segurança.
Contudo, fragatas da guarda costeira do Japão e China frequentemente passam próximo das ilhas Senkaku, à medida que ambos lados as reivindicam. Até a semana passada, nenhum dos dois países tinha enviado navios de guerra para águas próximas, porque tal ação só iria inflamar tensões e possivelmente acarretar em um conflito armado.
A ação chinesa na semana passada renovou as tensões entre os dois países. “Estamos preocupados que esta ação aumente tensões para um nível maior”, disse o secretário-chefe de gabinete japonês, Yoshihide Suga, durante entrevista coletiva na última quinta-feira, dia em que a China enviou, pela primeira vez desde 2004, um navio militar a águas japonesas na zona contígua próxima às Ilhas Senkaku, atualmente administradas por Tóquio e reivindicadas por Pequim.
Fontes: Agência Kyodo | NHK News.
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