Do Mundo-Nipo com Agências
O dólar fechou em queda ante o real nesta sexta-feira (15), em reflexo à mais uma rodada de indicadores mistos dos Estados Unidos, aumentando as incertezas sobre uma real recuperação da economia e reforçando a percepção de que Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) não deve aumentar os juros tão cedo, destaca a Agência Reuters.
O dólar comercial encerrou o dia com desvalorização de 0,24%, cotado a R$ 2,264 para venda, após chegar a R$ 2,2568 na mínima e R$ 2,2776 na máxima do dia. Na sessão anterior, a moeda recuou 0,40%. Segundo dados da BM&F, o movimento financeiro foi fraco, em torno de US$ 800 milhões.
Com isso, a moeda norte-americana fecha a semana com queda acumulada de 1%. No mês, acumula baixa de 0,26% e, no ano, desvalorização de 3,97%.
No contexto externo, investidores analisavam dados mistos sobre a economia dos Estados Unidos. A confiança do consumidor norte-americano caiu, em agosto, ao seu menor nível desde novembro. Por outro lado, a produção industrial no país registrou o sexto mês consecutivo de alta.
A incerteza sobre uma real recuperação da economia poderia levar o Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, a manter as taxas de juros baixas por mais tempo do que o esperado. Taxas mais baixas lá manteriam a atratividade dos negócios em outros países onde os juros rendem mais, como é o caso do Brasil.
Segundo pesquisa da Reuters, a primeira alta dos juros nos EUA deve vir no segundo trimestre do ano que vem. Uma queda maior da moeda norte-americana nesta sessão foi impedida pelas preocupações com a crise na Ucrânia.
No Brasil, o mercado continuou atento à cena política, após a morte do então candidato à Presidência Eduardo Campos (PSB) nesta semana. Investidores questionam, sobretudo, se a candidata à vice, Marina Silva, ocupará o lugar de Campos, e o impacto que isso teria nas eleições de outubro.
As atuações do Banco Central no mercado de câmbio também influenciaram o resultado do dólar.
O Banco Central (BC) deu sequência às suas intervenções e fez a rolagem de todos os 10 mil contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão nesta sexta-feira, adiando o vencimento do equivalente a US$ 493,4 milhões em papéis que expirariam inicialmente no próximo dia 1º.
Dos 201.400 contratos (US$ 10,07 bilhões) com vencimento em 1º de setembro, ainda há 111.400 (US$ 5,57 bilhões) passíveis de rolagem. A expectativa é que o BC complete a rolagem de até 95% do lote total.
Mais cedo, a autoridade monetária vendeu todos os 4 mil contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão, movimentando um total de US$ 198,9 milhões.
*As informações das cotações de fechamento são da Agência Thomson Reuters.
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