O dólar subiu ante o real pela terceira sessão seguida e fechou, nesta segunda-feira (15), próximo a R$ 3,19, em um dia de realização de lucros que parcialmente ofuscou as apostas no Banco Central de menos ativo no mercado, de acordo com a agência de notícias ‘Reuters’.
A moeda norte-americana teve leve variação positiva de 0,11%, encerrando o dia cotada a R$ 3,1885 na venda, após chegar a R$ 3,1567 na mínima do dia e saltado 1,43% no pregão de sexta-feira, maior alta em dois meses.
Somente nas últimas três sessões, a divisa dos EUA acumula valorização de 1,78%. No mês de agosto, porém, o dólar tem queda acumulada de 1,72%. No ano, a desvalorização chega a 19,44%, de acordo com a ‘Reuters’.
Segundo o ‘UOL Economia’, boa parte da desvalorização em agosto está ancorada na expectativa de ingressos ao país caso se confirmem o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff e o avanço do ajuste fiscal. No entanto, o fluxo cambial contratado segue negativo, o que demonstra que investidores ainda mantêm ceticismo, evitando trazer recursos já agora.
Intervenção do Banco Central no câmbio
O Banco Central reagiu aumentando o ritmo de vendas diárias de swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares, de 10 mil para 15 mil. Dois operadores de bancos que negociam diretamente como BC acreditam que o pode voltar ao ritmo anterior nos próximos dias se o dólar não voltar a desabar, segundo a Reuters.
Cotações baixas demais podem atrapalhar a recuperação econômica ao prejudicar as exportações. Por outro lado, níveis altos tendem a pressionar a inflação.
Com sua política de intervenções, o BC reduziu seu estoque de swaps tradicionais, que correspondem a venda futura de dólares, para o equivalente a menos de US$ 50 bilhões. No ano passado, esse estoque girou acima de US$ 100 bilhões.
Fontes: Agência Reuters | UOL Economia.
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