Do Mundo-Nipo com Agências
O dólar fechou em alta pelo sexto pregão consecutivo nesta segunda-feira (15), atingindo a marca de R$ 2,34 pela primeira vez desde março, com investidores atentos à estratégia de intervenções do Banco Central após a moeda registrar na sessão passada a maior alta em quase dez meses.
A moeda norte-americana encerrou o dia com valorização de 0,38%, cotada a US$ 2,3439 para a venda. É o maior valor de fechamento desde 19 de março, quando atingiu R$ 2,349.
Segundo dados da BM&F, o movimento financeiro ficou em torno de US$ 1,6 bilhão. No acumulado do mês, a moeda registra avanço de 4,69%. No ano, a desvalorização reduziu para 0,58%.
O resultado do dólar seguiu o movimento no exterior, com investidores na expectativa sobre a possibilidade de que o Federal Reserve, banco central dos EUA, sinalize nesta semana que os juros norte-americano podem subir mais cedo do que o esperado.
No Brasil, a divisa norte-americana chegou a ser negociada acima de 2,35 reais durante a sessão, mas não se sustentou acima deste patamar. Investidores trabalham com a possibilidade de o Banco Central brasileiro aumentar a atuação no mercado de câmbio para conter a volatilidade do dólar, que na sexta-feira fechou com a maior alta em quase 10 meses, conforme destaca a agência Reuters.
Atuação do Banco Central no câmbio
O BC deu continuidade às intervenções diárias no mercado de câmbio, vendendo a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem à venda futura de dólares. A autoridade monetária vendeu a oferta total de até 6 mil swaps cambiais para rolar os contratos que vencem em 1º de outubro. Ao todo, o BC já rolou cerca de 27% do lote total, equivalente a US$ 6,677 bilhões.
Se mantiver esse ritmo, o BC terá rolado cerca de 76% do lote que vence em outubro, menos do que os quase 90% de rolagem de swaps que venceram em setembro.
“O BC deve esperar quarta-feira para decidir a estratégia. Como há um componente global nessa escalada dessas últimas semanas, um alívio com relação ao Fed pode fazer com que parte dessa pressão desapareça”, afirmou à Reuters o operador de câmbio da Intercam Glauber Romano.
*As cotações são da Agência Thomson Reuters.
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