O dólar fechou em queda pelo segundo dia consecutivo nesta quinta-feira (14), mas ainda se manteve no nível de R$ 3,80, mesmo após a agência de classificação de risco Fitch rebaixar a nota de crédito do Brasil e sinalizar que pode tirar o selo de bom pagador do país.
A moeda norte-americana recuou 0,32%, cotada a R$ 3,8126 na venda, após despencar 2,08% na véspera. A divisa atingiu R$ 3,7801 na mínima do dia e R$ 3,8773 na máxima. No mês, acumula queda de 4,16%. No ano, porém, há valorização é de 42,95%.
Pela manhã, a agência de classificação de risco Fitch cortou a nota da dívida soberana do Brasil de “BBB” para “BBB-“, último degrau que garante o chamado grau de investimento, e manteve a perspectiva negativa, sugerindo que outro rebaixamento é possível ao longo do próximo ano, mantendo assim, por enquanto, o selo de bom pagador.
Logo após a notícia, o dólar chegou a subir mais de 1%, mas a alta perdeu força ao longo do dia. Na avaliação de analistas, o corte já era esperado.
O mercado também continuava atento ao cenário político e econômico brasileiro. Operadores não descartavam a possibilidade de o real voltar a se desvalorizar por preocupações com um possível impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Cenário internacional
Investidores também olharam com a atenção para a divulgação de dados da economia dos Estados Unidos. A inflação no país caiu 0,2% em setembro, maior queda em oito meses. Além disso, os novos pedidos de auxílio-desemprego voltaram a cair ao menor nível em 42 anos na semana encerrada em 10 de outubro.
Com isso, o mercado voltou a especular sobre a possibilidade de o Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) aumentar a taxa de juros no país ainda neste ano.
Taxas de juros mais altas nos Estados Unidos podem atrair para lá recursos atualmente investidos em outros países onde as taxas são mais altas, como é o caso do Brasil.
Atuações do Banco Central
O Banco Central deu continuidade nesta manhã à rolagem dos swaps cambiais (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em novembro, vendendo a oferta total de até 10.275 contratos.
Até agora, o BC já rolou US$ 5,118 bilhões, ou cerca de metade do lote total, que corresponde a US$ 10,278 bilhões.
Fontes: Agência Reuters.
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