Dólar emplaca 6ª alta seguida e volta a fechar acima de R$4

O dólar subiu quase 2% e alcançou o maior valor de fechamento desde 28 de janeiro.
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O dólar avançou sobre o real pelo sexto pregão consecutivo e fechou, nesta terça-feira (16), acima de R$ 4 pela primeira vez em quase três semanas, reagindo às incertezas no cenário externo e interno, principalmente com a vulnerabilidade nos preços do petróleo, o que tem aumentado aversão a risco nos mercados globais.

A moeda-norte americana subiu de 1,86%, cotada a R$ 4,0705 na venda.  Foi o sexto dia seguido de alta e o maior valor de fechamento desde 28 de janeiro, quando o dólar havia fechado a R$ 4,08. É também a maior alta diária desde o dia 4 do mês passado, quando a moeda tinha avançado 2,18%.

Na semana e no mês, o dólar acumula alta de 2,03% e de 1,15%, respectivamente. No ano, há valorização de 3,1%.

Cenário externo
A moeda americana acelerou os ganhos frente às moedas emergentes após notícias de que o Irã não teria aceitado participar do acordo para congelar a produção de petróleo nos níveis de janeiro, que foi formado pela Arábia Saudita, Rússia e outros grandes produtores da commodity. Uma autoridade iraniana do setor de petróleo afirmou hoje que o Irã pretende retomar a produção de petróleo dos níveis pré-sanções econômicas.

Durante o dia, o preço caiu pela manhã, zerou a queda e subiu levemente no começo da tarde e voltou a cair depois. No fim da tarde, o preço do WTI negociava em queda de 2,46% a US$ 28,99 por barril.

A busca pela moeda americana se intensificou no início da tarde. Além da aceleração da queda do petróleo, profissionais citaram os dados ruins divulgados nos EUA para justificar o movimento. O índice Empire State de atividade industrial em Nova York atingiu -16,64, abaixo da projeção de -10,0, enquanto o índice de confiança das construtoras caiu para 58 em fevereiro, ante projeção de 60.

Por outro lado, investidores estavam otimistas com a alta da Bolsa chinesa, que subiu 3,32% e atingiu o maior valor em três semanas.

Lá fora, a moeda americana subia 0,58% em relação ao dólar australiano, 0,97% diante da lira turca e 0,09% em relação ao rand sul-africano.

Mercado interno
No início do dia, quando o petróleo ainda subia lá fora, o dólar chegou a oscilar em baixa. A moeda marcou a mínima de R$ 3,9913 (-0,16%) às 9h25, mas acabou se firmando no terreno positivo.

Os investidores estavam apreensivos com as incertezas políticas e econômicas no Brasil. O temor é que o governo não cumpra o ajuste das contas públicas que vem prometendo desde o ano passado diante da recessão econômica e das instabilidades políticas.

Segundo pesquisa divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as vendas no varejo brasileiro caíram 4,3% em 2015, pior resultado desde 2001, quando começa a série histórica.

Atuações do Banco Central
Nesta manhã, o Banco Central deu seguimento ao seu programa diário de interferência no câmbio, e promoveu mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em março, vendendo a oferta total de 11,9 mil contratos. Ao todo, o BC já rolou US$ 5,217 bilhões, ou cerca de 52% do lote total, que equivale a US$ 10,118 bilhões.

Fontes: Agência Estado | Agência Reuters | Valor Econômico.

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