Uma escola localizada na cidade de Iizaka, na província de Fukushima, nordeste do Japão, registrou níveis de radiação até quatro vezes superior ao limite permitido na região. Segundo o jornal ‘The Asahi Shimbun, a radiação é devido ao armazenamento de materiais contaminados após o acidente nuclear no complexo atômico em Fukushima, em março de 2011.
Localizada a aproximadamente 68 quilômetros de distância da danificada central nuclear de Fukushima, a escola possui várias instalações, dentre elas há uma área com cerca de 20 metros cúbicos de árvores e vegetação. Segundo o ‘Asahi’, toda esta área está contaminada com isótopos radioativos, como o césio-137.
Ainda de acordo com o jornal japonês, o parque de estacionamento de bicicletas foi utilizado como galpão temporário para armazenamento de resíduos contaminados enquanto era construído um depósito permanente perto da usina de Fukushima. Contudo, o projeto de construção foi interrompido e os detritos contaminados foram deixados na escola.
A direção da escola recorreu a laboratórios localizados em Tóquio e em Fukushima. O resultado das análises acusou níveis quatro vezes superiores ao estipulado pela Autoridade Reguladora Nuclear do Japão. Foi detectado entre 27.000 e 33.000 becquereis por quilo nas amostras analisadas, enquanto o limite é de 8.000 becquereis por quilograma.
O governo japonês é responsável pela gestão e eliminação do material radioativo, bem como a Companhia de Energia Elétrica de Tóquio (Tepco, na sigla em inglês), operadora da danificada central nuclear em Fukushima.
Ainda de acordo com o ‘Asahi’, a gestão de resíduos radioativos recolhidos nas áreas próximas do complexo atômico é um dos problemas enfrentados pelas autoridades japonesas após o acidente nuclear, diante da dificuldade para encontrar áreas apropriadas que possam acolher, de forma segura e definitiva, esses resíduos que são extremamente perigos aos seres vivos.
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