Brasil planeja dar isenção completa de visto para turistas do Japão

O governo de Bolsonaro considera Japão, Austrália, Canadá, Estados Unidos um grupo estratégico para o crescimento do turismo no Brasil.
Setor de desembarque internacional no Aeroporto Salgado Filho em Porto Alegre Getty min
©Reprodução/Getty

Atualizado em 20/01/2019

O governo do presidente Jair Bolsonaro planeja dar isenção completa de vistos, sem exigir reciprocidade, ao Japão e mais três países, um grupo considerado estratégico para o turismo no Brasil.

Os ministros do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, e das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, se reúnem nesta quinta-feira (17) para discutir detalhes da proposta, inserida na lista de prioridades para os primeiros cem dias de governo.

Os líderes das duas pastas já conversaram informalmente sobre o tema e, segundo o titular do Turismo, houve sinal positivo por parte do chanceler. Em governos anteriores, havia resistência na diplomacia à liberação unilateral.

“Eu tive uma conversa preliminar com o ministro Ernesto. Ele vê com muito bons olhos esse caminho de acabar com essa política de reciprocidade. A minha proposta inicial é que nesses países que já foram implantados o visto eletrônico [Austrália, Canadá, Estados Unidos e Japão] a gente já consiga promover a isenção completa de vistos”, disse em entrevista ao jornal ‘Estado de São Paulo’ o ministro do Turismo.

Caberá ao Itamaraty estabelecer os critérios de escolha de quais países receberão a isenção completa. O ministério analisa, por exemplo, se há riscos de um fluxo migratório de determinado país para o Brasil.

Antônio diz que a liberação pode ocorrer ainda neste ano. Na reunião desta quinta, os ministros vão discutir os procedimentos burocráticos. “O mais importante a gente já tem: a visão do ministro Ernesto de que esse é o caminho. Ele vai apontar o procedimento para acabar com o visto pelo menos para esses quatro países inicialmente.”

Embora exista a expectativa de que, após a liberação unilateral, os quatro países facilitem a entrada de brasileiros, o argumento do governo para abandonar a reciprocidade é econômico.

“Isso vai ajudar e muito a gente a trazer emprego e divisas aqui para dentro. Nós precisamos gerar emprego. Com a reciprocidade, nesse aspecto, os prejudicados somos nós”, diz o ministro do Turismo.

As estimativas de impacto econômico para a isenção do visto ainda precisam de estudos. Desde a implantação do visto eletrônico para os quatro países, em dezembro de 2017, os pedidos aumentaram 41% em um ano, segundo dados do governo. A projeção da pasta é que, se todos esses turistas que pediram o visto eletrônico viajarem para o Brasil, poderiam trazer US$ 71 milhões.

Mundo-Nipo
Com informações do jornal Estado de São Paulo.

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