Banco Mizuho é indiciado nos EUA por fraude envolvendo a operadora Mt.Gox

O banco japonês foi acrescentado como réu em uma ação coletiva contra a falida operadora Mt.Gox.

Do Mundo-Nipo

O Mizuho, um dos mais importantes bancos do Japão, está preso em uma batalha judicial envolvendo o suposto roubo em transações de troca da moeda virtual bitcoin. Segundo noticiou a emissora pública NHK, o banco foi acrescentado como réu em uma ação coletiva contra a falida operadora Mt.Gox.

 

Banco Mizuho - Financial Group (Foto: Aflo Images)
Um tribunal no Estado de Ilinois alega que o banco Mizuho teria conhecimento de que a operadora não estava mantendo os fundos da companhia e dos clientes devidamente separados (Foto: Aflo Images)

 

No processo, o Mizuho está sendo acusado de associação com intuito de fraude relacionado à quebra da Mt.Gox. Com sede em Tóquio, a então considerada uma das maiores plataformas do mundo no que diz respeito à troca das moedas virtuais bitcoin, pediu concordata no Japão no mês passado, argumentando que havia perdido 850 mil bitcoins, um rombo aproximado de US$ 480 milhões, cerca de 7% do total em circulação.

Na última semana, seus diretores recorreram à proteção provisória da lei de falências nos Estados Unidos. Segundo eles, o objetivo é proteger os credores norte-americanos. De acordo com o documento judicial, os diretores afirmam que a companhia desmoronou depois que hackers invadiram a plataforma de negociações online da operadora e se apossaram das moedas virtuais bitcoin, sugerindo que houve uma “milionária troca por dinheiro vivo”.

Utilizando-se do valor médio de outras importantes conversões, as bitcoins roubadas estão cotadas em aproximadamente meio bilhão de dólares. Entretanto, a Mt.Gox afirma que o valor teria sido mais baixo, detalhou a NHK.

No processo contra o banco japonês, o pedido inicial protocolado em um tribunal federal do Estado de Ilinois alega que o banco Mizuho ajudou a Mt.Gox a cometer fraude. O documento diz que banco teria conhecimento de que a operadora não estava mantendo os fundos da companhia e dos clientes devidamente separados e, ainda assim, teria continuado a prestar serviços bancários.

 


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