A balança comercial do Japão, ou a margem pela qual as exportações superam as importações, registrou em fevereiro um superávit comercial de 242,67 bilhões de ienes (US$ 2,15 bilhões), o que representa o primeiro saldo positivo após dois meses seguidos no vermelho, informou nesta segunda-feira (25) o governo do país.
Apesar do primeiro superávit em dois meses, houve declínio tanto nas exportações como nas importações japonesas. Contudo, o resultado contrasta com o déficit de 648,7 bilhões de ienes (US$ 5,75 bilhões) registrado no mês passado, além do saldo negativo de 426,03 bilhões de ienes (US$ 3,36 bilhões) em fevereiro de 2015.
As exportações diminuíram 4% em fevereiro na comparação com igual mês do ano passado, para 5,7 trilhões de ienes (US$ 50,5 bilhões). Já as importações despencaram 14,2%, para 5,46 trilhões de ienes (US$ 48,4 bilhões), de acordo com o relatório preliminar do Ministério da Economia, Comércio e Indústria (METI).
Segundo o Ministério, o resultado fraco das importações reflete, principalmente, a queda acentuada nos preços do petróleo. Ainda assim, as importações de petróleo representam 18,6% do total gasto pelo país no exterior em fevereiro, ou seja, 1,01 trilhões de ienes (US$ 8,98 bilhões).
Desde a desativação das usinas nucleares do país por causa do acidente no complexo atômico de Fukushima em 2011, a compra de combustíveis para gerar energia em usinas térmicas tem grande peso na balança comercial japonesa.
Por países, o déficit do Japão com a China foi de 382,3 bilhões de ienes (US$ 3,38 bilhões) em fevereiro, um valor 50,5% menor do que no mesmo período de 2015. A China é o epicentro de uma recente desaceleração da economia mundial e o segundo maior importador de produtos japoneses e o principal parceiro comercial do Japão.
Já com os Estados Unidos, o Japão registrou um saldo positivo de 604 bilhões de ienes (US$ 5,35 bilhões), uma redução de 4,3% em relação a fevereiro do ano passado.
Com o Brasil, os japoneses tiveram um déficit de 55,1 bilhões de ienes (US$ 488 bilhões), uma alta de 31,9% se comparado a fevereiro de 2015, de cordo com os dados do METI.
Fontes: Agência Kyodo | Valor Online.
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