A Agência da Casa Imperial do Japão anunciou ontem (16) que a princesa Mako, neta mais velha do imperador Akihito, está para ficar noiva e deve se casar no ano que vem com um ex-colega da faculdade, que não tem vínculo consanguíneo com a nobreza, informou a imprensa japonesa.
De acordo com as leis que regem a Casa Imperial Japonesa, depois de casada, a princesa Mako, de 25 anos, terá de abandonar a realeza pelo fato de sua união ser com um plebeu.
O noivo foi identificado como Kei Komuro, de 25 anos. Segundo a emissora pública ‘NHK’, ele vive em Yokohama, capital da província de Kanagawa, localizada no leste do país e dentro da região metropolitana de Tóquio.
A Casa Imperial confirmou que Komuro trabalha em um escritório de advocacia e gosta de esquiar, tocar violino e cozinhar.
O casal se conheceu há cinco anos por meio de amigos em comum na International Christian University, que ambos frequentaram, de acordo com o jornal ‘The Japan Times’.
A princesa Mako é a filha mais velha do príncipe Akishino e da princesa Kiko. Por sua vez, Akishino é o filho mais novo do imperador Akihito e da imperatriz Michiko. Atualmente, ele é o segundo na linha de sucessão ao Trono do Crisântemo, conforme é denominado o trono do império japonês.
A posição de segundo na sucessão ao trono é porque seu irmão mais velho Naruhito, o primeiro na linha sucessória, não tem filhos do sexo masculino e sua filha não poderá ascender ao trono porque a Casa Imperial Japonesa não permite mulheres na posição de “imperador”.
Isso quer dizer que o irmão mais novo de Mako, o príncipe Hisahito, de 10 anos, é o 3º na linha de sucessão e provável imperador após Naruhito. Segundo o jornal ‘The Asahi Shimbun’, o nascimento de Hisahito foi um alívio para membros partidários tradicionalistas do Japão. Isso porque o nascimento de um homem com descendência direta do imperador desencorajou as propostas que sugeriam a sucessão feminina.
Antes do nascimento de Hisahito, quase 90% da população mostrava-se favorável à mudança e torciam pela reforma nas leis da Casa Imperial e assim possibilitar a ascensão da princesa Aiko, de 15 anos, única filha do príncipe herdeiro Naruhito e que, por direito, seria a segunda na linha de sucessão.
O fato é que os membros da família imperial estão reduzindo significativamente. Após o casamento da princesa Mako, o número de membros da família imperial cairá para 18, sendo 13 mulheres.
Mediante isso, muitos defendem uma “reforma em grande escala” nas leis japonesas, tanto para que mulheres ascendam ao trono como também para que as mesmas não percam os direitos de realeza ao se casarem com plebeus, um direito permitido somente a casta real masculina, destaca a agência de notícias ‘Kyodo’.
A imperatriz Michiko e a princesa Masako, esposa do príncipe herdeiro Naruhito, não têm sangue nobre, portanto, eram plebeias antes de contrair matrimônio com a máxima da casta imperial japonesa.
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