Atualizado em 18/10/2017
Um grupo formado por familiares de cidadãos japoneses sequestrados por agentes norte-coreanos tem um encontro marcado com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em novembro, no qual o grupo espera obter ajuda em maior escala no caso que se arrasta por quase cinco décadas.
A data da chegada de Trump ao Japão foi anunciada pela Casa Branca, em Washington, na segunda-feira (16). O Executivo norte-americano confirmou a data para 5 de novembro e divulgou a agenda do líder americano no país, que inclui o encontro com o grupo dos familiares sequestrados, além da esperada reunião com o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe.
Nesta terça-feira (17), os familiares falaram a repórteres. Sakie Yokota, que teve a filha sequestrada, reiterou o desejo do grupo em querer apenas que seus entes queridos “retornem aos lares de origem”.
“Eles não fizeram nada de errado, mas foram levados [raptados] para longe de nós, desabafou Sakie, que é mãe de Megumi, jovem raptada quando tinha 13 anos na década de 1980.
Shigeo Iizuka, que teve a irmã, Yaeko Taguchi, raptada, expressou seu desejo de que o encontro com o presidente Trump possa levar ao desdobramento positivo do caso e a uma rápida repatriação dos sequestrados.
Donald Trump será o terceiro presidente norte-americano a se encontrar com as famílias dos sequestrados, depois de George W. Bush e Barack Obama, em 2006 e 2014, respectivamente.
Sequestros de cidadãos japoneses
O Japão afirma que pelo menos 17 japoneses foram sequestrados entre 1977 e 1983 pela Coreia do Norte para que pudesse roubar suas identidades e para que os mesmos ensinassem a cultura e o idioma japonês a espiões norte-coreanos.
Em 2002, o governo de Pyongyang reconheceu alguns dos sequestros e devolveu cinco pessoas ao Japão. No entanto, o regime comunista alegou que os outros 12 restantes tinham morrido ou nunca estiveram em solo norte-coreano, um relato carregado de inconsistências que o Executivo japonês não considera crível.
Em 2014, Pyongyang aceitou iniciar uma investigação sobre os cidadãos que foram sequestrados em troca da retirada de parte das sanções unilaterais que o Japão mantinha sobre o país.
No entanto, o governo japonês decidiu não só reativar como também ampliar as sanções em resposta aos testes armamentistas norte-coreanos. O regime liderado por Kim Jong-un não desiste de seu programa nuclear e tem desafiado o mundo, ameaçando principalmente os Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão com armas nucleares.
A postura agressiva e intimidadora de Kim Jong-un rendeu pacotes ainda mais pesados de duras sanções contra a Coreia do Norte por parte da Organização das Nações Unidas (ONU), além de sanções unilaterais tomadas por varias nações, que inclui a retirada de empresas multinacionais lotadas no país comunista, bem como embargos quase que total de importações e importações norte-coreanas.
Do Mundo-Nipo
Fontes: NHK World News | Agência Kyodo | The Japan Times.
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