Japão quer adotar represálias comerciais contra EUA por tarifas de aço

Ao impor a tarifa de 25% sobre as importações de aço, os EUA não isentou o aliado Japão.
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O governo do Japão comunicou à Organização Mundial do Comércio (OMC) que está disposto a adotar medidas de represálias comerciais, medida que ocorre após a decisão dos Estados Unidos de sobretaxar as importações de aço e de alumínio.

No comunicado emitido nesta sexta-feira (18), Japão diz que tem “o direito” de aplicar impostos aduaneiros às mercadorias americanas por um montante de 50 bilhões de ienes (cerca de 340 milhões de dólares), o que equivale ao impacto das tarifas aprovadas pelo governo americano, indicou o comunicado do Ministério das Relações Exteriores.

Ainda nesta sexta, a União Europeia também decidiu replicar. “A UE notificou à OMC uma lista de produtos americanos sobre os quais poderia aplicar futuramente direitos de importação adicionais”, se a isenção da qual se beneficia até 1º de junho não for mantida, indicou a Comissão Europeia em um comunicado.

Em 8 de março, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, promulgou uma tarifa de 25% sobre as importações de aço e 10% sobre as importações de alumínio, isentando temporariamente alguns de seus parceiros como Canadá, México, Brasil, Argentina, Austrália e União Europeia.

Apesar de ser um aliado dos Estados Unidos e dos esforços do primeiro-ministro Shinzo Abe, o Japão não obteve isenção.

Produção global de aço
produção de aço no mundo bateu um novo recorde em março, mesmo com as imposições de barreiras comerciais dos EUA contra a China, segundo dados divulgados no final de abril pela Associação Internacional do Aço.

De acordo com o relatório da associação, a produção global atingiu 148 milhões de toneladas em março, 4% acima do mesmo período de 2017.

A China, que já representa metade da produção mundial, atingiu um volume de 74 milhões de toneladas, 4,5% acima do volume de março de 2017

Já o Japão, o terceiro maior produtor de aço do globo, viu sua produção aumentar em 2,2%. Apesar do significativo crescimento, o país foi ultrapassado pela Índia, que registrou alta de 5,3% e assumiu a segunda posição.

Sozinha, a Ásia passou a produzir mais de 100 milhões de toneladas de aço por mês.

Na Europa, porém, a alta foi de apenas 0,5%, para um total de 15 milhões de toneladas.

Fontes: AFP | NHK | Kyodo.


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