Do Mundo-Nipo com Agências
Após operar em alta durante a manhã desta terça-feira (18), chegando a bater R$ 3,50 na máxima da sessão, o dólar inverteu a tendência e fechou em queda pela terceira sessão consecutiva. De acordo com a agência Reuters, a sessão foi ditada por entradas pontuais de recursos no mercado local, que compensaram a pressão dos mercados externos diante de temores sobre a China e expectativas de alta de juros nos Estados Unidos, esperada para ocorrer no próximo mês.
A moeda norte-americana encerrou o dia com desvalorização de 0,47%, cotada a R$ 3,4660 na venda, após chegar a subir 0,64% na máxima da sessão e ser negociada a R$ 3,5045 na máxima da sessão.
Cenário interno
Os investidores continuavam atentos ao cenário político brasileiro, antes de votações no Congresso de pautas importantes, como a retomada da cobrança de impostos sobre a folha de pagamento e a mudança na remuneração do FGTS.
Além disso, o mercado via em declarações de autoridades da oposição, na véspera, sinais de renovada pressão sobre a presidente Dilma Rousseff.
Cenário externo
O mercado externo estava pessimista após dois principais índices acionários da China despencaram mais de 6% nesta terça-feira. A desaceleração da economia da China, principal referência para investidores em mercados emergentes e importante parceiro comercial do Brasil, vem provocando preocupações nos mercados internacionais.
Também influenciou a perspectiva de alta dos juros nos Estados Unidos, com Operadores afirmando que parece cada vez mais claro que o Federal Reserve, banco central norte-americano, começará a elevar os juros em breve, com boa parte apostando já no mês que vem. Juros mais altos podem atrair para o mercado norte-americano recursos atualmente investidos em países emergentes, como o Brasil.
O crescimento das vendas de novas moradias deu força à percepção de que a economia norte-americana está indo bem, o que pode abrir espaço para o Fed dar início ao aumento das taxas de juros no próximo mês.
Atuações do Banco central do Brasil no câmbio
O Banco Central continuou a rolar os contratos de swap cambial (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em setembro, vendendo a oferta total de até 11 mil contratos.
Ao todo, o BC já rolou US$ 5,429 bilhões, ou cerca de 54% do total de US$ 10,027 bilhões. Se continuar neste ritmo, vai recolocar o todo o lote. Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.
(Com informações da agência Reuters)
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