Exportações do Japão despencam 14% em julho, maior queda desde 2009

O péssimo resultado reflete o fortalecimento do iene, o que torna os embarques japoneses mais caros para o mercado externo.
Porto de Tóquio | ©Yuki Kazeyo
©Yuki Kazeyo

As exportações japonesas apresentaram em julho a maior queda percentual desde a crise financeira global, em 2009, marcando ainda o décimo mês consecutivo de queda anualizada, segundo dados divulgados pelo governo do país nesta quinta-feira (18), sinalizando que o péssimo resultado reflete o fortalecimento do iene frente ao dólar, o que torna os embarques japoneses mais caros e, em consequência, menos atraentes para o mercado externo.

O relatório preliminar do Ministério da Economia, Comércio e Indústria (METI) mostra que as exportações de mercadorias recuaram 14% em julho na comparação com o mesmo mês do ano passado, o maior declínio desde outubro de 2009.

A leitura veio pior que a estimativa mediana de mercado, que projetavam recuo de 13,7% nas exportações em julho.

Por sua vez, as importações caíram 24,7%. Como resultado, a balança comercial do Japão atingiu um superávit de 513,5 bilhões de ienes (US $ 5,2 bilhões) no sétimo mês do ano.

A fraqueza das exportações tem sido um entrave ao crescimento do Japão, prejudicadas, principalmente, pelo fortalecimento do iene, que subiu cerca de 20% frente ao dólar desde o início do ano, tornando os embarques japoneses menos atraentes para o mercado externo à medida em que as empresas ficam mais hesitantes em investir.

As exportações para a China recuaram pelo 5º mês seguido, registrando declínio de 12,7% em julho ante igual mês do ano passado, após retrair 10% em junho. A China é o segundo maior importador de produtos japoneses e o principal parceiro comercial do Japão.

Já os embarques com destino aos Estados Unidos, maior importador de produtos feitos no Japão, recuaram 11,8% – quinto mês consecutivo de queda anualizada. Já as exportações para a União Europeia retraíram 6,5%, marcando a quarta retração mensal em termos anualizados.

Fontes: Bloomberg News | Agência Kyodo.


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