Japão tem recorde de crianças menores de 1 ano mortas por violência no lar

A maioria das mortes foi provocada por agressão física das mães biológicas e abandono de recém-nascidos.
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©Aflo Images

Crianças com idade inferior a 1 ano representaram um recorde de 61,4% dos menores de 18 anos que morreram em consequência de violência doméstica no Japão no ano fiscal de 2014, de acordo com um relatório compilado por um painel de especialistas do Conselho de Segurança Social, órgão do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-estar Social  do país.

O número de crianças que morreram depois de sofrerem algum tipo de violência dos pais, excluindo aquelas que morreram em suicídio familiar (quando a mãe ou o pai mata os filhos e comete suicídio em seguida), totalizou 44 casos, o que representa um crescimento de 8 mortes em relação ao levantamento anterior, mostra a pesquisa do conselho, divulgada na última sexta-feira.

Desse total, o número de vítimas com menos de 12 meses de nascidas somou 27, alta de 11. Enquanto isso, crianças que morreram dentro de 24 horas após o nascimento aumentou de 11 para 15.

A violência doméstica contra a criança pode ser caracterizada como uma ação ou omissão, praticada pelos pais ou responsáveis, causando abuso físico, psicológico e/ou sexual.

No caso, o relatório aponta que a maioria das mortes foi provocada por agressão física das mães biológicas, representando mais de 50% dos casos de vítimas fatais, e abandono de recém-nascidos, motivados por gravidez indesejada e problemas financeiros, sendo este último motivo apontado como o maior responsável pelo aumento no número de casos.

Desde 2003, o Conselho de Segurança Social analisa os resultados de uma pesquisa anual do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar sobre casos de violência envolvendo menores de 18.

O Ministério avaliou como “péssimo” os números revelados pelo levantamento do conselho e prometeu lançar medidas emergenciais de assistência às famílias, que inclui um sistema mais abrangente de apoio à criação dos filhos e maior disponibilidade de profissionais para acompanhar a vida diária de casais novos, com ou sem filhos, bem como gestantes e mães solteiras.

Com agência Kyodo


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