O Japão executou na forca nesta sexta-feira (18) dois condenados à morte, incluindo o primeiro caso de um homem que foi julgado por um tribunal de cidadãos jurados em vez de juízes, anunciou hoje o governo do país.
Os dois homens tinham sido condenados por homicídio e foram executados na forca sem aviso prévio, sob aprovação do ministro da Justiça, Mitsuhide Iwaki.
Sumitoshi Tsuda, de 63 anos, foi condenado a pena capital pelo assassinato de três pessoas em Kawasaki, nos arredores de Tóquio, em maio de 2009. O outro executado foi Kazuyuki Wakabayashi, de 38 anos, condenado pelo assassinato de uma mulher e sua filha em Iwate, no nordeste do país, conforme anunciou um porta-voz do Ministério da Justiça.
A última execução ocorrida no japão foi em 25 de junho, quando um homem de 44 anos condenado por assassinato foi enforcado.
A execução dos dois homens eleva para 14 o número total de condenados à morte executados (em oito sessões no total), após o regresso ao poder, no final de 2012, do primeiro-ministro conservador Shinzo Abe.
Depois das execuções de hoje, o número de condenados à morte esperando por execução no país totaliza agora 178.
No Japão, os réus são notificados que serão enforcados apenas algumas horas antes da execução, uma prática duramente criticada pela carga psicológica que os condenados são obrigados a suportar, já que passam décadas reclusos e isolados, sem saber quando as penas serão aplicadas.
O Japão e os Estados Unidos são as únicas democracias industrializadas a aplicar a pena de morte, uma prática denunciada pelas associações internacionais de defesa dos Direitos Humanos.
Fontes: Agência Kyodo | Agência EFE.
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