O Japão ocupa sua pior posição no relatório divulgado na última segunda-feira, pelo Fórum Econômico Mundial, sobre desigualdade de gênero, no qual mostra o país asiático na 121° colocação, bem pior que o Brasil (92ª) – ranking onde a primeira colocação é ocupada pelo país menos desigual e a última, pelo mais desigual -, entre 153 países analisados.
A posição do Japão é a pior de sua história no relatório que visa a igualdade de gênero, visto que o país despencou 11 posições em relação ao ranking do ano passado.
Já o Brasil melhorou 3 posições na comparação com o relatório de 2018, subindo de 95º para 92º, um intento alcançado com indicadores positivos no acesso à saúde e educação. Já a participação econômica e o empoderamento político são as áreas onde a diferença entre homens e mulheres são mais intensas, o que joga o País para baixo.
Enquanto isso, o Japão segue com baixa participação de mulheres na política e em papéis chaves do mundo econômico. O país asiático perdeu 11 posições ante o ranking do ano passado, caindo para a 121° colocação.
Na área da política, enquanto a média mundial de participação de mulheres na câmara é de 25,2%, no Japão é de apenas 10,1%. O quadro é pior quando se considera o percentual de ministros. A média mundial é de 21,2%, enquanto no Japão apenas de 5,3%.
Sobre o relatório
O relatório elabora um índice que mensura a lacuna entre as oportunidades e serviços disponíveis aos homens e mulheres de países de todas as regiões do mundo. O objetivo, segundo seus organizadores, é chamar atenção para os desafios decorrentes das lacunas de gênero e as chances que podem ser criadas com a redução dessa diferença. A análise, acrescenta o Fórum, deve servir como base para implementação de medidas efetivas.
O Fórum Econômico Mundial informa que houve avanço no combate à desigualdade de gênero no mundo e isso ocorreu de forma mais espalhada: dos 149 países analisados neste ano e no ano passado, 101 melhoraram a pontuação. O tempo para se eliminar a desigualdade de gênero passou de 108 anos para 99,5 anos, a se manter o ritmo atual.
O top 10 de países com maior paridade de gênero é formado por quatro países nórdicos (Islândia em primeiro, Noruega em segundo, Finlândia em terceiro e Suécia em quarto), um país latino (Nicarágua, em quinto), um da Oceania (Nova Zelândia, em sexto), três outros da Europa ocidental (Irlanda, em sétimo, Espanha, em oitavo, e Alemanha, em décimo) e um país africano (Ruanda, em nono).
O relatório do Fórum Econômico Mundial aponta que a desigualdade de gênero ainda vai levar 100 anos para ser anulada e que é preciso que cada país tome medidas mais sérias para acabar com as desigualdades.
“Para chegar à paridade na próxima década, em vez dos próximos dois séculos, precisaremos mobilizar recursos, centrar a atenção da liderança e comprometermo-nos com metas nos setores público e privado. Continuar a agir da mesma forma de sempre não eliminará a desigualdade entre homens e mulheres – precisamos agir para alcançar o ciclo virtuoso que a paridade cria nas economias e nas sociedades”, disse em nota Saadia Zahidi, chefe do Centro de Nova Economia e Sociedade e membro do Conselho de Administração do Fórum Econômico Mundial.
Mundo-Nipo.com – MN
Fontes: Kyodo News | Agência Reuters.
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