O governo do Japão revisou para cima suas projeções de crescimento da economia para o próximo ano fiscal, sinalizando que as previsões animadoras ocorrem por conta do forte pacote fiscal de US$ 122 bilhões, o que ajudará a amenizar o impacto da persistente fraqueza das exportações diante da demanda global mais fraca.
A expectativa agora é de que a economia cresça 1,4% em termos reais ajustados ao preço no ano fiscal que começa em abril de 2020, de acordo com as projeções do Escritório do Gabinete, aprovadas nesta quarta-feira.
Isso marcou uma melhora em relação à previsão anterior do governo de crescimento de 1,2%, divulgada em julho. O governo manteve seu crescimento estimado de 0,9% para o atual ano fiscal, que termina em março de 2020.
O aumento decorreu, em grande parte, pela melhoria na demanda doméstica devido ao investimento corporativo mais forte e um impulso ao crescimento dos gastos públicos com o pacote fiscal aprovado pelo Gabinete este mês.
O governo espera que os gastos de capital cresçam 2,7% no próximo ano fiscal, em comparação com 1,9% na avaliação anterior em julho. A demanda pública deve adicional 0,5 ponto percentual ao crescimento do PIB no ano fiscal de 2020, acima dos 0,2 pontos percentuais vistos anteriormente.
O impulso do pacote fiscal deve mais do que compensar a fraqueza na demanda externa, à medida que a desaceleração do crescimento global ameaça deixar uma marca mais profunda na economia.
O governo espera um peso de 0,1 ponto percentual devido à demanda externa no próximo ano fiscal, em comparação com uma contribuição positiva de 0,2 ponto percentual vista anteriormente.
A piora decorre em grande parte de uma recuperação mais fraca das exportações, que o governo vê expandindo a um ritmo de 2,4% no próximo ano fiscal, abaixo dos 4,3% vistos anteriormente.
O Escritório do Gabinete projetou uma inflação geral ao consumidor, que inclui custos voláteis de alimentos frescos e energia, em 0,6% para este ano fiscal e 0,8% para o ano seguinte – permanecendo longe da meta de 2% do Banco do Japão, o banco central japonês.
Com Agência Reuters.
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