Dólar recua pelo quarto pregão seguido e fecha em R$ 2,25

Na semana, a moeda acumula queda de 0,61%.

Do Mundo-Nipo com Agências

O dólar fechou em queda ante o real pela quarta sessão seguida nesta terça-feira (19), influenciado pelo otimismo dos investidores sobre o quadro eleitoral brasileiro.

O dólar comercial encerrou o dia com desvalorização de 0,37%, cotado a R$ 2,2502 para venda, após chegar a R$ 2,2660 na máxima do dia, reagindo a números fortes sobre o mercado imobiliário norte-americano. Segundo dados da BM&F, o movimento financeiro ficou em torno de US$ 1,5 bilhão.

Na semana, a moeda acumula queda de 0,61% e no mês, de 0,87%. No ano, há desvalorização de 4,55%.

Em um dia de poucas notícias relevantes, o real ganhou força à medida que a bolsa brasileira avançou, descolando das moedas de mercados emergentes que operavam em queda frente ao dólar, destaca o ‘Valor Online”.

Os investidores têm se mostrado mais otimistas com a esperada entrada de Marina Silva na corrida presidencial. A pesquisa Datafolha, divulgada ontem, mostrou que, se concorresse à Presidência da República pelo PSB, a candidata Marina Silva teria 21% das intenções de voto, ficando em empate técnico com Aécio Neves, com 20%. Dilma Rousseff, por sua vez, conta com 36% das intenções de voto. Em uma simulação de um segundo turno, Marina conquistaria 47% dos votos, contra 43% de Dilma.

Grande parte do mercado desaprova as políticas econômicas do atual governo e aposta em uma vitória da oposição no segundo turno das eleições. De acordo com a Agência Reuters, esse otimismo levou o dólar a ser negociado abaixo de 2,25 reais pela primeira vez desde o final de julho. Analistas alertam, no entanto, que a corrida eleitoral ainda pode provocar volatilidade no câmbio.

A moeda norte-americana vinha oscilando entre R$ 2,20 e R$ 2,25 entre o início de abril e o fim de julho, com breves exceções, mas subiu acima desse patamar depois que a escalada da crise na Ucrânia elevou as tensões geopolíticas globais.

“O mercado já colocou na conta que o dólar vai ficar entre R$ 2,25 e R$ 2,30, pelo menos nas próximas semanas”, afirmou à Reuters o operador de uma corretora internacional.

 

Intervenção do Banco Central no câmbio

Pela manhã, a autoridade monetária deu continuidade às ofertas diárias vendendo a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares. Foram 1,4 mil contratos para 1º de junho e 2,6 mil contratos para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a US$ 197 milhões.

Além disso, vendeu a oferta integral de até 10 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em setembro. Ao todo, o BC já rolou cerca de 54% do lote total, que corresponde a US$ 10,070 bilhões.

*As informações das cotações de fechamento são da Agência Thomson Reuters.

 


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