Dólar fecha em queda após menor atuação do BC no câmbio

O dólar quebrou uma série de seis altas, mas terminou a semana com valorização acumulada de 0,69%.
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O dólar interrompeu uma sequência de seis altas e fechou em queda ante o real nesta sexta-feira (19), um movimento influenciado pela redução na intervenção do Banco Central no mercado de câmbio e por preocupações com a política fiscal no Brasil.

A moeda norte-americana caiu 0,81%, encerrando o dia cotada a R$ 3,2071 na venda, após subir nas seis sessões anteriores e acumular valorização de 3,23% no período, de acordo com a agência de notícias ‘Reuters’.

Apesar de cair no dia, o dólar termina a semana com valorização acumulada de 0,69%. Trata-se da segunda semana consecutiva de alta do dólar, o que não ocorria desde maio. No mês e no ano, porém, a moeda dos EUA tem desvalorização de 1,1% e de 18,77%, respectivamente.

Nesta sessão, o BC retomou o ritmo mais lento de intervenções no câmbio que adotou no início deste mês. Essa postura do BC veio após o dólar subir por seis sessões consecutivas e voltar a se aproximar de R$3,25. Em comparação, a mudança anterior aconteceu quando a moeda norte-americana era negociada perto de 3,10 reais, nos menores níveis em mais de um ano.

Cotações baixas tendem a prejudicar a indústria, já que reduzem os preços de produtos exportados e atrapalha a recuperação econômica. Por outro lado, a alta do dólar pode pressionar a inflação, encarecendo as importações.

Investidores também continuavam cautelosos em relação às contas públicas, após o governo do presidente interino, Michel Temer, encontrar dificuldades para a aprovação de medidas no Congresso.

Nesta sexta-feira, Temer convocou reunião em São Paulo com a equipe econômica e líderes parlamentares para definir estratégia para aprovação do ajuste fiscal.

Muitos operadores esperam que o governo endureça sua postura caso o impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff, seja confirmado.

Intervenção do Banco Central
O Banco Central vinha mantendo sua estratégia de vender diariamente 15 mil swaps reversos, que equivalem a compra futura de dólares, desde que aumentou a oferta na semana passada, sobre 10 mil contratos diários até então.

O reforço na intervenção contribuiu para tirar o dólar das mínimas em quase um ano atingidas neste mês. Nesta sessão, porém, a autoridade monetária colocou o pé no freio e vendeu apenas 10 mil swaps reversos.

Fontes: Agência Reuters | UOL Economia.


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