Do Mundo-Nipo com Agências
O dólar fechou em queda ante o real nesta segunda-feira (20), um dia marcado pela falta de divulgação de notícias relevantes que pudessem mudar o rumo no câmbio, com os investidores guardando posição, evitando fazer grandes negócios na véspera do feriado de Tiradentes.
Ao término dos negócios de hoje, a moeda norte-americana estava cotada a R$ 3,0273 na venda, recuo de 0,46%, devolvendo parte da alta da última sessão, quando subiu 0,82%.
Segundo dados da BM&FBovespa, o movimento financeiro foi fraco, em torno de US$ 502 milhões, contra cerca de US$ 1,09 bilhão observados na sessão de sexta-feira.
“O que temos hoje é a falta de notícia ruim. Estamos vindo de um certo otimismo nas últimas semanas, então o mercado está tranquilo”, disse Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora, à agência de notícias Reuters.
De acordo com a Reuters, o dólar operou em leve alta durante a maior parte da manhã, acompanhando o cenário externo, mas firmou-se no campo negativo durante a tarde, contrariando a tendência internacional, que mostrava o dólar subindo cerca de 0,4 por cento em relação a uma cesta de moedas.
Nas últimas três semanas, a moeda norte-americana acumulou queda superior a 6% ante o real. Com a queda nesta sessão, o dólar volta a se aproximar dos R$ 3, valor considerado de resistência e atrativo de compra.
“O mercado vai voltar a testar o patamar dos 3 reais, talvez ainda esta semana”, disse o sócio gestor da Leme Investimentos, Paulo Petrassi.
O dólar fechou abaixo dos R$ 3 pela última vez em 4 de março, a R$ 2,9807. Nas duas semanas seguintes, contudo, o dólar entrou em ascensão até fechar na máxima em quase 12 anos em 19 de março, a R$ 3,2965.
Economistas voltam a piorar projeção para inflação
Economistas de instituições financeiras voltaram a elevar a perspectiva para a inflação neste ano.
Segundo a Pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira, os especialistas veem agora o IPCA (índice de inflação) ao final de 2015 em 8,23%, ante 8,13% no levantamento anterior.
O valor está bem acima da meta do governo, que é 4,5% ao ano, com uma tolerância de dois pontos percentuais para mais ou para menos (ou seja, varia de 2,5% a 6,5%).
Atuações do Banco Central
O Banco Central realizou mais um leilão para rolar os contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em 4 de maio. Foram vendidos 10,6 mil swaps: 6.000 com vencimento em 1º de março de 2016 e os outros 4.600 para 3 de outubro do ano que vem.
A operação movimentou o equivalente a US$ 514,2 milhões. Até o momento, o BC rolou US$ 6,685 bilhões, ou o equivalente a cerca de 66% do lote total com vencimento em maio, correspondente a US$ 10,115 bilhões.
Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.
Em março, o BC encerrou seu programa de atuações no mercado de câmbio, em que vendia, todo dia, novos contratos de swap com o objetivo de evitar um forte avanço da moeda norte-americana. Não há mais negociação de novos contratos desde março.
(Com informações do Portal UOL e Agência Reuters)
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