Um ataque realizado poucos dias antes da eleição presidencial, um policial francês foi morto e outros dois ficaram feridos em um tiroteio na avenida Champs Elysées, no centro de Paris, na noite desta quinta-feira (20), um ataque que foi rapidamente reivindicado pelo grupo Estado Islâmico.
O presidente francês, François Hollande, disse estar convencido de que o ataque na avenida Champs-Elysées, em que o atirador foi morto a tiros pela polícia, foi um ato de terrorismo.
A famosa avenida larga que leva ao Arco do Triunfo estava lotada com parisienses e turistas desfrutando de uma noite de primavera. Mas a polícia evacuou rapidamente a área que permaneceu vazia noite a dentro, com exceção de carros da polícia e de policiais fortemente armados.
Policiais fizeram uma busca na casa do atirador morto no leste de Paris.
A polícia no local disse que estava procurando um potencial segundo atirador, e o porta-voz do ministério do Interior, Pierre-Henry Brandet, disse que não se pode descartar que haja outro ou outros envolvidos.
A França vive sob um estado de emergência desde 2015 e sofreu uma série de ataques de militantes islâmicos que mataram mais de 230 pessoas nos últimos dois anos.
O porta-voz do Ministério do Interior disse que era muito cedo para dizer qual o motivo do ataque, mas que estava claro que os policiais foram deliberadamente atacados.
“Um pouco depois das 9 da noite, um veículo parou ao lado de um carro da polícia que estava estacionado. Imediatamente um homem saiu e disparou contra o veículo da polícia, ferindo mortalmente um policial”, disse Brandet.
As autoridades policiais pediram ao público para evitar a área.
“Eu saí da loja Sephora e estava andando pela rua até onde um Audi 80 estava estacionado. Um homem saiu e abriu fogo com um kalashnikov contra um policial”, disse Chelloug, um assistente de cozinha, à Reuters.
O policial caiu, ouvi seis tiros. Eu fiquei com medo, tenho uma menina de dois anos e pensei que ia morrer … Ele atirou diretamente no policial.”
A metade superior da Champs Elysées, com o monumento do Arco do Triunfo ao fundo, estava repleta de veículos da polícia, luzes piscando e policiais fortemente armados fechando o local depois do que foi descrito por um jornalista como uma grande troca de tiros perto de uma loja da Marks and Spencers.
O incidente aconteceu enquanto os eleitores franceses se preparam para ir às urnas no domingo, na eleição presidencial mais acirrada dos últimos tempos.
“Estaremos com vigilância extrema, especialmente em relação à eleição”, disse o presidente Hollande, que não concorre à reeleição.
No início desta semana, foram presos em Marselha dois homens que, segundo a polícia, planejavam um ataque antes da eleição. Uma metralhadora, duas pistolas e três quilos de explosivos TATP estavam entre os armamentos encontrados em um apartamento na cidade do sul do país, juntamente com materiais de propaganda jihadista, de acordo com a promotoria de Paris.
Por Julien Pretot e Emmanuel Jarry / Reuters.
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