Do Mundo-Nipo com Agências
O dólar fechou em alta ante o real nesta quarta-feira (20), após quatro sessões consecutivas de queda, num movimento influenciado pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), que reconheceu em ata a melhora no mercado de trabalho, alimentando a expectativas de que os juros podem subir mais cedo que o esperado.
A moeda norte-americana encerrou as negociações com valorização de 0,57%, cotado a R$ 2,2631 para venda, após recuar 1,25% nas últimas quatro sessões.
Na semana, a moeda está praticamente estável, acumulando leve queda de 0,04% e, no mês, de 0,3%. No ano, e desvalorização é de 4%.
Nesta sessão, os investidores analisaram a ata do Federal Reserve. O documento divulgado hoje é sobre a última reunião, quando o BC norte-americano cortou mais US$ 10 bilhões do seu programa de estímulos à economia, para US$ 25 bilhões por mês.
Esse foi o sexto corte realizado na mesma quantidade. O Fed vem reduzindo a compra de títulos progressivamente desde dezembro do ano passado. O pacote de ajuda diminuiu, desde então, dos US$ 85 bilhões mensais iniciais, para US$ 25 bilhões após a última reunião.
De acordo com a ata, o BC dos EUA tem ficado surpreso com a velocidade com que o mercado de trabalho do país está se recuperando. No entanto, o Fed não quer antecipar a planejada alta dos juros até que a recuperação mostre-se mais convincente.
A principal expectativa do mercado é quando o Fed deve começar a subir a taxa de juros no país. A alta dos juros lá preocupa investidores brasileiros, pois isso poderia atrair para os EUA recursos atualmente investidores em países em que os rendimentos são maiores, como é o caso do Brasil.
No cenário brasileiro, os investidores mantiveram o foco no quadro eleitoral brasileiro. Eles analisaram as possíveis consequências na corrida presidencial com a entrada de Marina Silva, após a morte de Eduardo Campos (PSB) em acidente de avião na semana passada.
As intervenções do Banco Central no mercado de câmbio também influenciaram o resultado.
Intervenções do Banco Central no câmbio
Pela manhã, o BC deu continuidade ao seu programa de intervenções diárias, vendendo a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares. Foram 2,5 mil contratos para 1º de junho e 1,5 mil contratos para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a US$ 197,4 milhões.
Além disso, o BC vendeu a oferta integral de até 10 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em setembro. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 59% do lote total, que corresponde a US$ 10,070 bilhões.
*As informações das cotações de fechamento são da Agência Thomson Reuters.
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