Companhia de Kansai pretende desativar 2 reatores em Fukui

Os dois reatores serão os primeiros com capacidade superior a 1 milhão de kWs a serem desativados no Japão.
Central nuclear de Ohi Fukui Foto Asahi 20 12 2017
Central nuclear de Ohi / Fukui | Foto: Asahi

A Companhia de Energia Elétrica de Kansai, que opera complexos nucleares no centro do Japão, anunciou que está inclinada a desativar dois antigos reatores abrigados em seu complexo atômico de Ohi, na província de Fukui, na região central do país, informou nesta quarta-feira (20) a emissora estatal japonesa ‘NHK’.

De acordo com a emissora japonesa, fontes bem informadas afirmaram que a companhia tenciona decidir a desativação dos reatores durante uma reunião de seu conselho de diretores programadas para a próxima sexta-feira.

Os reatores denominados 1 e 2 podem operar durante 40 anos, em princípio, sob os termos dos regulamentos governamentais introduzidos depois de o acidente nuclear na central Fukushima Daiichi em 2011.

Embora extensões de até 20 anos sejam permitidas quando um reator antigo passa por inspeções especiais, os dois reatores em Ohi, que mesmo com ótima capacidade de produção de 1,17 milhão de kWh (quilowatts-hora), têm vasos de contenção menores do que os de reatores do mesmo tipo em outras usinas no país, o que significa que procedimentos especiais são necessários para sua refrigeração em caso de emergência.

Mediante isso, a companhia avaliou que melhoramento das instalações para atender os requisitos da Autoridade de Regulação Nuclear do Japão (ARN)  envolveria enormes custos e grande demanda de tempo.

Caso a operadora opte por desmantelar os dois reatores, eles seriam os primeiros no Japão com capacidade superior a um milhão de quilowatts a serem designados para desativação, conforme noticiou a ‘NHK’.

Atualmente, seis outros reatores no Japão, além daqueles danificados na usina em Fukushima, foram designados para desmantelamento desde que foram introduzidas, em 2012, a nova legislação de segurança pós-Fukushima, considerada pelo atual governo como “a mais rígida do mundo”, destacou a agência ‘Kyodo’.

Já os outros dois reatores da central receberam sinal verde da ARN para reativação. Contudo, existe um processo movido por residentes da região para barrar o religamento dos reatores que estão ociosos desde 2012. Mas a Companhia de Kansai disse que espera reativar o reator número 3 em meados de janeiro e o número 4 em meados de março, de acordo com uma publicação da ‘NHK’ em novembro passado.

Do Mundo-Nipo
Fontes: NHK | Kyodo.

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