Japão permite que 2 reatores ‘velhos’ funcionem por mais 20 anos

É a primeira vez que a duração de exploração dos reatores nucleares japoneses se prolonga por mais de 40 anos.
Usina de Takahama Foto Wikimedia Commons 900x600 01 02 2016
Usina de Takahama / ©Media Commons

A Autoridade de Regulação Nuclear do Japão (ARN) autorizou, de forma excepcional, que dois reatores nucleares de mais de 40 anos funcionem além desse limite, depois de ter certificado sua conformidade técnica segundo as novas normas de segurança nas centrais atômicas do país.

De acordo com o anúncio da ARN, divulgado na segunda-feira (20), as unidades 1 e 2 do complexo nuclear de Takahama, administrada pela companhia Kansai Electric Power, poderão, teoricamente, funcionar 20 anos mais, apesar de o Japão ter fixado quatro décadas como tempo de duração para a exploração dos reatores.

É a primeira vez que a duração de exploração dos reatores nucleares japoneses se prolonga por mais de 40 anos, o limite estabelecido segundo critérios rígidos para evitar uma nova catástrofe como a de Fukushima em 2011.

Os membros da autoridade de regulação nuclear aprovaram nesta decisão por unanimidade. Em teoria, Takahama 1 poderá funcionar até novembro de 2034 e Takahama 2 até novembro de 2035.

Os dois reatores estão atualmente paralisados na central nuclear de Takahama, localizada na província de Fukui, no oeste do Japão. Grupos de cidadãos contrário à energia nuclear, apoiados pela organização ecologista Greenpeace, recorreram à Justiça no dia 14 de abril para evitar que fossem reativados.

“A autoridade de regulação nuclear assinou hoje seu pior fracasso em sua missão”, advertiu na segunda-feira a ONG em comunicado.

Para o organismo regulador, as unidades Takahama 1 e 2 obedecem às mais estritas disposições técnicas para poder responder corretamente a riscos de catástrofe natural, acidente de avião ou atentado.

(Com informações da Agência AFP)

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