Premiê japonês afirma que continuará promovendo livre-comércio

O governo japonês está preocupado porque a Parceria Trans-Pacífico não sairá do papel sem os EUA.
Porto de Tóquio | Foto: Reprodução/YouTube/AFP
©Getty/Free

Durante a reunião de cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), que está em curso no Peru, o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, enfatizou a importância do acordo de livre-comércio da Parceria Trans-Pacífico (TPP) e afirmou que Tóquio continuará promovendo o acordo, mesmo sem a confirmação de que os Estados Unidos ratificará o acordo, informou nesta segunda-feira (21) a emissora pública ‘NHK’.

De acordo com a emissora estatal, Abe observou que o acordo poderia dar origem a um bloco econômico baseado em regras livres e justas. Afirmou ainda que o TPP é uma fonte de crescimento econômico global e que Tóquio pretende continuar promovendo a política.

O premiê avaliou que a economia global está enfrentando mudança inesperada e alertou aos líderes presentes na cúpula sobre opiniões céticas em relação à globalização do livre-comércio.

O líder da terceira maior economia do mundo também enfatizou que os países precisam se mobilizar em prol das políticas de reforma financeira, monetária e estrutural, a fim de evitar que a economia global entre em uma nova crise.

É preciso que todos trabalhem em conjunto para colocar a economia mundial de volta aos trilhos, afirmou ele, acrescentando que “o livre-comércio é a fonte do crescimento econômico mundial”.

Abe afirmou ainda que o acordo TPP se transformará na base para o crescimento e levará à criação da Área de Livre Comércio da Ásia-Pacífico, conforme noticiou a ‘NHK’.

Segundo a agência de notícias Reuters, as declarações do primeiro-ministro japonês ocorrem depois que a vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, este mês, derrubou as esperanças de aprovação pelos EUA do acordo TPP. Isso porque o acordo foi escrito para que não possa ser implementado sem os Estados Unidos.

Em 4 de fevereiro deste ano, ministros e representantes de Estados Unidos, Japão, Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Peru, Malásia, México, Nova Zelândia, Cingapura e Vietnã assinaram o Tratado da TPP na cidade de Auckland, na Nova Zelândia. O acordo histórico, que representa cerca de 40% do PIB mundial, ainda tem de ser ratificado independentemente por cada Estado para poder entrar em vigor.

Segundo a agência de notícias ‘Kyodo’, o futuro do tratado, no entanto, é incerto devido à reticência do Congresso dos Estados Unidos em aprová-lo e ao fato de que Donald Trump ter expressado oposição às condições do acordo.

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