A operadora do complexo nuclear mais antigo do Japão, o Tokai 2, localizado na província de Ibaraki, no leste do Japão, decidiu entrar com pedido para estender por mais duas décadas o tempo de vida útil de seu único reator, que tem aproximadamente 40 anos.
O único reator da usina Tokai 2, que é operada pela Companhia de Energia Atômica do Japão, atualmente está desativado. Ele está em processo de avaliação pela Autoridade de Regulação Nuclear do Japão (ARN) para retomar a operação. No entanto, o reator em breve irá atingir o limite de 40 anos permitido no Japão para continuar operando. Essa medida fora adotada pelo governo depois do acidente nuclear em Fukushima ocorrido em 2011.
Esse tempo de vida útil do reator será atingido em novembro de 2018. Às vésperas dessa data, a operadora realizou uma inspeção especial, procedimento obrigatório em caso de pedido de extensão do prazo de operação. O governo permite prolongar esse período como uma medida excepcional.
Em uma reunião extraordinária do comitê realizada nesta terça-feira (21), a Companhia de Energia Atômica do Japão concluiu que, durante a inspeção especial, não foram detectados problemas que ameacem a segurança do local.
Mediante isso, a operadora decidiu entrar com o pedido à Autoridade Reguladora Nuclear para conseguir a permissão de estender a vida útil de seu reator por mais 20 anos.
Complexo atômico mais antigo do Japão
Tokai 1 foi a primeira usina nuclear comercial do Japão. Ela foi inaugurado no início da década de 1960 com um reator no formato britânico conhecido como Magnox. Esse reator gerou energia de 1966 até 1998, quando a usina foi desmantelada.
Uma segunda unidade foi construída na mesma planta na década de 1970. O reator de Tokai 2 foi o primeiro no Japão a produzir mais de 1.000 MW de eletricidade.
O complexo nuclear é o mais antigo do Japão em condições de operar e está localizado em Tokai, no distrito de Naka, na província de Ibaraki. Ele é operado pela Companhia de Energia Atômica do Japão (Japan Atomic Power Company).
Devido ao terremoto e tsunami em março de 2011, que praticamente devastou o nordeste japonês e provocou a pior crise nuclear desde a ocorrida em Chernobyl, em 1986, o reator número 2 foi desligado, conforme todos os outros 47 reatores do país.
Devido a idade avançada do reator, sugeriu-se então que ele não devesse ser reiniciado e posteriormente desmantelado.
Do Mundo-Nipo
Fontes: NHK World Japan | Agência Kyodo.
Descubra mais sobre Mundo-Nipo
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.