O principal índice que mede a inflação no Japão acelerou apenas um pouco em janeiro, mantendo o Banco do Japão (BOJ, o banco central japonês) sob pressão para continuar com seu estímulo monetário maciço em apoio a uma economia frágil.
A inflação teimosamente fraca é uma preocupação para a terceira maior economia do mundo, no momento em que enfrenta um surto de coronavírus e crescimento fraco.
Mediante isso, o BC japonês não está com disposição para aumentar seu já enorme estímulo monetário, temendo ter pouca munição para combater uma provável crise financeira.
No entanto, o presidente do banco central, Haruhiko Kuroda, disse que considerará uma flexibilização adicional se o surto de coronavírus ameaçar significativamente a economia e a inflação do Japão, chamando o vírus semelhante à gripe de “maior incerteza” para a economia.
Dados do Ministério dos Assuntos Internos e Comunicações do Japão mostraram que o núcleo do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do Japão, que inclui derivados de petróleo mas exclui preços voláteis de alimentos frescos, subiu 0,8% no ano até janeiro, liderado pelos custos da gasolina.
O resultado vem após um ganho de 0,7% em dezembro, segundo dados revisados, igualando a estimativa de economistas.
As tendências de preços no Japão estão sob pressão devido ao fraco crescimento dos salários e à queda nos lucros das empresas, ao declínio do turismo em meio ao surto do novo coronavírus e à piora da economia chinesa, que está pesando nos mercados globais de petróleo e commodities, disse Yasunari Ueno, economista-chefe de mercado da Mizuho Securities.
Com Agência Reuters.
Notícia atualizada em 01/03/2020.
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