Do Mundo-Nipo com agências
O dólar fechou em alta ante o real nesta quinta-feira (22), após o presidente do Banco Central Brasileiro, Alexandre Tombini, declarar que tem havido redução da demanda nos leilões futuros de dólar (swaps cambiais), feitos diariamente pela autoridade, o que operadores entenderam como uma sinalização de que o BC pode reduzir as intervenções.
O dólar comercial encerrou o dia com valorização de 0,24%, cotado a R$ 2,2157 para a venda. Segundo dados da BM&F, o movimento financeiro ficou em torno de US$ 1 bilhão, contra cerca de US$1,5 bilhão na véspera.
Na semana, a moeda acumula alta de 0,1%. No mês, porém, há desvalorização de 0,64% e no ano, de 6,01%.
Tombini afirmou em evento em São Paulo que o BC tem observado “certo arrefecimento” na demanda por swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares.
“O mercado interpretou que o BC pode reduzir a oferta de swaps ou interromper o programa de intervenções diárias agora no meio do ano”, afirmou à Reuters o economista sênior do Espírito Santo Investment Bank, Flavio Serrano.
A autoridade monetária tem atuado diariamente no mercado de câmbio desde agosto passado com o objetivo de prover proteção cambial e liquidez aos agentes. Em janeiro, já havia reduzido a intensidade das injeções diárias.
A declaração de Tombini reforçou ainda mais a percepção do mercado de que o nível de R$ 2,20 reais é o piso informal para a divisa dos EUA.
Atuações do Banco Central no câmbio do dólar
Pela manhã, o BC vendeu a oferta total de até 4 mil swaps nas atuações diárias, com volume equivalente a US$ 198,5 milhões. Foram 500 contratos para 1º de dezembro deste ano e 3,5 mil para 2 de fevereiro do próximo.
Mais tarde, fez mais um leilão para rolar swaps que vencem em 2 de junho, com oferta de até 5 mil contratos. Até agora, o BC rolou pouco menos de 35% do lote total, que corresponde a US$ 9,653 bilhões.
As informações das cotações de fechamento são fornecidas pelo Portal Financeiro Forex Pros/Investing.com.
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