Dólar tem 2ª queda seguida, mas se mantém acima de R$ 3,20

Investidores estão cautelosos, à espera do processo de impeachment de Dilma e pistas sobre juros nos EUA.
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Depois de ser negociado em alta durante quase todo o dia, o dólar mudou de rumo e fechou em leve queda nesta segunda-feira (22), a segunda consecutiva, com o volume dos negócios reduzidos devido à postura de cautela dos investidores com o início do julgamento do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. O mercado global também se mantém a espera do discurso da presidente do Federal Reserve (Fed, BC americano), Janet Yellen, na sexta-feira, o que poderá oferecer pistas sobre quando ocorrerá o aumento de juros nos Estados Unidos

A moeda norte-americana caiu 0,18% e encerrando o dia cotada a R$ 3,2015 na venda, após chegar a R$ 3,2283 na máxima e R$ 3,1995 na mínima do dia, de acordo com a agência de notícias ‘Reuters’.

Com o resultado de hoje, dólar acumula desvalorização de 1,28% no mês e de 18,91% no ano.

Mercado externo
No exterior, investidores aumentavam as apostas de que o Federal Reserve vá subir os juros no país novamente ainda neste ano. No último domingo, o vice-presidente do Fed, Stanley Fischer, afirmou que os EUA estão próximos de atingir suas metas de pleno emprego e de inflação de 2% ao ano.

Além disso, o mercado aguarda o discurso da presidente do Fed, Janet Yellen, na sexta-feira (26). Investidores buscarão nas palavras dela novas pistas sobre quando os juros norte-americanos voltarão a subir. No mesmo dia, o país divulga números do PIB e de inflação.

Juros mais altos nos EUA podem atrair para lá recursos atualmente aplicados em países onde as taxas são maiores, como o Brasil.

Cenário interno
Na quinta, o Senado inicia o julgamento final da presidente afastada Dilma Rousseff, com depoimentos das testemunhas escolhidas pelos autores da denúncia – os juristas Miguel Reale Júnior, Janaína Paschoal e Hélio Bicudo – e pela defesa de Dilma, sob liderança do ex-ministro José Eduardo Cardozo.

Operadores acreditam que, caso o afastamento definitivo de Dilma seja confirmado, o fato possa servir de gatilho para a volta de muitos investidores estrangeiros ao país.

“A proximidade do impeachment vai deixar nosso real mais atrativo no curto prazo”, escreveram analistas da corretora Lerosa Investimentos em nota a clientes.

Atuação do Banco Central
O Banco Central manteve o ritmo menor de atuação no mercado de câmbio. Nesta segunda-feira, o BC vendeu 10 mil swaps reversos, contratos que equivalem à compra futura de dólares.

Durante seis sessões até a última quinta-feira (18), o BC vendeu 15 mil contratos diários. Na última sexta-feira, no entanto, o BC pisou no freio o voltou a oferecer 10 mil contratos por dia, como vinha fazendo desde julho.

Fontes: Agência Reuters | UOL Economia.

 


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