Japão quer explorar novas opções para deter a Coreia do Norte

Em discurso na Assembleia Geral da ONU, Shinzo Abe exigiu que o mundo encontre “novos meios para frear” a Coreia do Norte.
Shinzo Abe discursa na Assembleia Geral da ONU Foto Kyodo Getty 21092016
Foto: Arquivo/Kyodo

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, ofereceu o assento não permanente do Japão no Conselho de Segurança para explorar novas opções de deter as ameaças vindas da Coreia do Norte, após os testes nucleares e de mísseis feitos pelo governo.

Na quarta-feira (21), durante a Assembleia Geral da ONU, Abe disse que as ideias sobre a Coreia do Norte precisavam mudar depois de suas últimas ações, incluindo o teste que afirmou ser de uma bomba nuclear em miniatura para uma ogiva.

“Não há alternativa a não ser dizer que a ameaça agora atingiu uma dimensão completamente diferente do que enfrentávamos até então”, disse Abe.

“A ameaça à comunidade internacional torna-se cada vez mais grave e mais realista. Isso exige uma nova abordagem, totalmente diferente do que era aplicado até ontem”, afirmou.

Abe não explicitou nenhuma ação específica, mas disse que o Japão usaria seu assento não permanente no Conselho de Segurança para explorar novas opções.

O líder de direita chegou ao poder com um discurso duro sobre a Coreia do Norte e fez uma revisão da pacifista Constituição do Japão – instituída pelos Estados Unidos -, importante questão nesse momento.

Entretanto, o Japão nunca disparou um tiro desde a Segunda Guerra Mundial, já que é constitucionalmente impedido de fazer ofensivas militares.

A China e os Estados Unidos têm conversado sobre a elaboração de uma nova resolução do Conselho de Segurança da ONU para punir a Coreia do Norte por suas atitudes mais recentes, embora medidas semelhantes não tenham detido Pyongyang no passado.

A Coreia do Norte é um dos países com mais sanções no mundo, porém o regime de Kim Jong-Un afirma precisar de armas nucleares para garantir sua sobrevivência contra seus inimigos, como Estados Unidos e Japão.

Com informações das agências AFP e Kyodo.


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