Do Mundo-Nipo
A Panasonic inaugurou, nesta sexta-feira, 23, seu primeiro escritório no Rio de Janeiro, onde concentrará o desenvolvimento de projetos voltados aos Jogos Olímpicos, que a cidade irá sediar em 2016. De acordo com a ‘Agência Estado’, o foco será a venda de produtos e soluções para outras empresas, o chamado B2B, em linha com a estratégia global da companhia. O País será a base para desenvolver esse mercado na região, que já responde por 50% de suas vendas anuais.
Segundo a agência, a meta da Panasonic é atingir vendas globais de US$ 100 bilhões em 2018, um crescimento de 30% em relação ao ano fiscal de 2013, encerrado em março de 2014. O B2B responderá por 80% disso, com áreas como automotiva (componentes como rádios e baterias), utensílios domésticos e soluções corporativas (sistemas de segurança) crescendo 82%, 54% e 39%, se as metas se cumprirem.
Já os eletroeletrônicos destinados ao consumidor (B2C), como TVs e máquinas de lavar, vão crescer em um ritmo menor nesses cinco anos, com meta de vendas de US$ 20 bilhões. No Brasil, o objetivo é dobrar o faturamento nos próximos cinco anos, detalha a agência.
“O escritório no Rio tem a finalidade de ampliar esse direcionamento para o B2B, que pode ser impulsionado pelas Olimpíadas 2016”, disse Shusaku Nagae, presidente do conselho de administração global da Panasonic.
Nagae veio ao Brasil para inaugurar o escritório no Rio de Janeiro, bem como fechar um contrato de patrocínio para os próximos quatro anos com o estádio Arena da Baixada, em Curitiba (PR), um dos palcos da Copa do Mundo de 2014.
Segundo ele, a Panasonic fornecerá telões de alta definição e câmaras de segurança para a Arena da Baixada e para a Arena Pantanal, em Cuiabá. A fabricante também pretende equipar ginásios e estádios olímpicos com seus equipamentos de áudio e vídeo. Em fevereiro, a marca ampliou seu portfólio no Brasil e passou a produzir máquinas de lavar na fábrica de Extrema (MG). O grupo espera um incremento nos resultados do Brasil em 2014 com a venda 30% maior de TVs por conta da Copa do Mundo.
Nagae também negou a notícia de que a companhia planeja transferir para o Japão a produção de alguns produtos destinados ao consumidor japonês, devido aos custos de importação mais elevados em função do iene mais fraco. A informação foi veiculada na quinta-feira (22), pela Agência Kyodo, citando fontes da empresa.
Segundo Nagae, o câmbio pode prejudicar os resultados operacionais com a importação dos produtos a partir da China, mas as oscilações cambiais temporárias não são suficientes para embasar essa mudança. Fonte: Agência Estado.
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