A polícia japonesa está em uma intensa investigação sobre uma operação simultânea de retirada fraudulenta com cartões de créditos em cerca de 1,4 mil caixas eletrônicos no Japão. A operação coordenada dos bandidos ocorreu no último dia 15 e resultou em um prejuízo de 1,44 bilhão de ienes (equivalente a R$ 47,1 milhões ou US$ 13,2 milhões) para o banco sul-africano Standard Bank Group, vítima dos saques fraudulentos, informou nesta segunda-feira (23) a imprensa internacional e local.
De acordo com a agência de notícias ‘Kyodo’, os caixas automáticos escolhidos pela quadrilha estavam instalados na rede 7-Eleven, que opera supermercados e lojas de conveniência da marca e nas quais aceitam cartões estrangeiros.
A emissora pública ‘NHK’ informou que a polícia estima que uma centena de pessoas tenha participado da operação fraudulenta, o que permitiu a realização de aproximadamente 14 mil saques em 1,4 mil caixas automáticos num curto espaço de tempo.
A polícia japonesa acredita que se trata de uma mega quadrilha internacional e acionou a Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal) para ajudar a investigar um possível vazamento de informações na matriz do Standard Bank Group, na África, conforme informou a revista online ‘Alternativa.jp’.
Segundo a agência de notícias ‘AFP’, os criminosos utilizaram cartões falsos elaborados a partir de dados bancários roubados do grupo Standard Bank, detalhou a agência de notícias ‘AFP, citando fontes anônimas próximas à investigação.
Os criminosos usaram o sistema de empréstimo de dinheiro fornecido pelos cartões, cujo limite permitia retirada de 100 mil ienes por saque. Mediante a isso, eles efetuaram várias retiradas do limite até alcançar o total de 1,44 bilhão de ienes, de acordo com a ‘Alternativa.jp’.
A operação foi realizada em 15 de maio e afetou durante duas horas e meia os caixas automáticos dentro das lojas da 7-Eleven em 17 cidades do arquipélago, incluindo Tóquio, com 14 mil operações de saque de dinheiro que envolveram 1,6 mil dados de cartões falsificados, explicou o jornal Yomiuri.
Seis destes cartões foram confiscados pelas máquinas, que os reconheceram como anormais quando os ladrões quiseram utilizá-los. Os investigadores pretendem aproveitar estes elementos, assim como as gravações das câmeras de vigilância, para identificar rapidamente os responsáveis, detalhou a ‘AFP’.
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