As exportações do Japão cresceram 7,8% em abril na comparação anual, o que marca o décimo sétimo mês consecutivo de expansão mensal, segundo dados divulgados no início desta semana pelo Ministério de Finanças do país, sinalizando que o avanço foi impulsionado pela forte demanda de carros nos Estados Unidos.
O aumento das exportações globais do Japão no quarto mês deste ficou praticamente em linha com a alta de 8% estimada por economistas consultados pelo “The Wall Street Journal”.
Enquanto isso, as importações japonesas avançaram 5,9% em abril em relação a um ano antes, uma alta que afetou a balança comercial do Japão, que teve superávit de 626 bilhões de ienes em abril, abaixo da estimativa de 797 bilhões de ienes feita pelos economistas.
Divulgado na noite de segunda-feira (21), o relatório do ministério mostra que os principais itens de importação que pesaram sobre a balança foram petróleo bruto da Arábia Saudita e motores de aeronaves dos Estados Unidos.
As exportações de ferro e aço para os Estados Unidos aumentaram 14%, apesar da imposição de uma tarifa de 25% sobre as importações de aço pelos Estados Unidos. Funcionários do Ministério de Finanças disseram que é difícil isolar o impacto das tarifas devido aos muitos fatores que afetam os volumes mensais de exportação de ferro e aço do Japão para os Estados Unidos.
A administração do presidente Donald Trump se recusou a conceder ao Japão uma isenção temporária ou permanente de suas tarifas sobre aço e alumínio, o que levou o Japão a informar que se considera no direito de impor tarifas retaliatórias sob as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC).
O superávit comercial do Japão com os Estados Unidos em abril subiu 4,7% em relação ao ano anterior, para 616 bilhões de ienes. O presidente Trump tem criticado o alto superávit comercial do Japão com os Estados Unidos.
A demanda por navios-tanque por Malta e as ferramentas usadas para fazer telas de cristal líquido para a China também ajudaram as exportações, disse o Ministério de Finanças.
Espera-se que as exportações continuem crescendo por conta da força na economia global, enquanto as importações também deverão manter a solidez devido aos preços mais altos da energia e à recuperação da demanda doméstica, disseram analistas.
Fonte: Jornal Valor Econômico / Dow Jones Newswires.
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