Do Mundo-Nipo com Agências
Após passar quase toda a sessão em alta, o dólar mudou de rumo e fechou em queda ante o real nesta terça-feira (23), a segunda desvalorização consecutiva, descolando-se do avanço da moeda nos mercados externos após o bom humor de ontem sobre um possível acordo da Grécia e seus credores, o que fez os investidores voltar as atenções para o Federal Reserve, diante do avanço dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos.
A moeda norte-americana encerrou o dia com desvalorização de 0,12%, cotada a R$ 3,0779 na venda. Com o resultado de hoje, o dólar acumula queda de 3,43% em junho. No ano, porém, há valorização de 15,77%.
“O mercado (de câmbio) deixou um pouco de lado a questão da Grécia depois do bom humor de ontem e voltou a se focar no Fed”, disse pela manhã à Reuters o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno, referindo-se ao Federal Reserve, banco central norte-americano.
Na véspera, a Grécia entregou um novo plano de reformas a seus credores, incluindo o aumento da idade de aposentadoria. O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, afirmou que as novas propostas foram bem recebidas e podem servir como base para firmar um acordo ainda nesta semana, afastando preocupações com a possibilidade de calote grego.
Com isso, os mercados globais voltaram o foco para o possível aumento de juros nos Estados Unidos, depois que um representante do Federal Reserve afirmou que poderia haver duas altas neste ano.
Juros mais altos na maior economia do mundo poderiam atrair para os EUA recursos atualmente aplicados em países como o Brasil. Nesse contexto, o avanço dos rendimentos dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos contribuía para o avanço global do dólar.
Atuação do Banco Central no câmbio
O Banco Central brasileiro sinalizou na semana passada que pretende rolar uma proporção menor dos contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em julho.
Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de contratos oferecidos no leilão. Assim, até agora, foi rolado o equivalente a US$ 4,951 bilhões ao todo, ou cerca de 57% do lote total, que corresponde a US$ 8,742 bilhões.
Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.
(Com informações da agências Reuters)
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