Do Mundo-Nipo com Agências
O dólar fechou praticamente estável ante o real nesta quinta-feira (24), com o mercado analisando a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada hoje, sugerindo que o Banco Central não deve afrouxar a política monetária, o que favorece o real, mas não o suficiente para ter impacto no preço, conforme informou o jornal financeiro ‘Valor Online’.
O dólar comercial encerrou o dia com leve alta de 0,04%, cotado a R$ 2,2213 para a venda. Segundo dados da BM&F, o movimento financeiro ficou em torno de US$ 1,2 bilhão.
Na semana, o dólar caiu 0,31% e no ano, 5,78%. No mês, há valorização de 0,51%.
No mercado externo, o dólar operava em ligeira alta frente às principais divisas, suportado por dados melhores que o esperado do mercado de trabalho americano, que levaram a uma alta do rendimento dos Treasuries. Os números ainda fracos, no entanto, do setor imobiliário nos Estados Unidos ainda trazem dúvidas sobre o ritmo de recuperação da economia americana.
Ainda de acordo com o “Valor Onlie’, os novos pedidos de seguro-desemprego nos EUA recuaram para 284 mil na semana passada encerrada no dia 19, nível mais baixo desde fevereiro de 2006, ficando abaixo da previsão dos analistas de 305 mil novas solicitaçõe s. Já as vendas de novas casas caíram 8,1% em junho, uma queda maior que a esperada pelo mercado.
A moeda americana subia 0,39% frente ao dólar australiano, 0,12% em relação ao rand sul-africano e 0,11% diante da lira turca.
No cenário interno, a atenção dos investidores se concentrou na divulgação da ata do Copom, que trouxe a sinalização de que o BC não deve cortar a taxa básica de juros no curto prazo em função da inflação que ainda se mostra resistente, o que provocou uma correção no mercado de juros, após um movimento crescente das apostas em corte da taxa da taxa Selic nos últimos dias. “A possibilidade de manutenção da taxa Selic é favorável para o câmbio, mas não o suficiente para fazer preço no mercado”, afirmou um operador de câmbio ao ‘Valor Online’.
De modo geral, os especialistas entenderam que a taxa básica de juros vai continuar no atual patamar de 11% até o final deste ano, pelo menos. E muitos acreditam que ela voltará a subir em 2015, diante do quadro de pressão inflacionária. Segundo a agência ‘Reuters’, um corte da Selic poderia reduzir o fluxo de capitais ao país, tornando os ativos brasileiros menos atraentes.
Em julho, até o último dia 18, o fluxo cambial –entrada e saída de moeda estrangeira no país– estava negativo em 4,039 bilhões de dólares, acumulando no ano saldo positivo de apenas 108 milhões de dólares.
O dólar continuou assentado perto do ponto médio da banda informal de R$ 2,20 a R$ 2,25 nesta sessão. Boa parte do mercado acredita que esse intervalo agradaria ao BC, por não ser inflacionário e não prejudicar as exportações.
Intervenções do Banco Central no câmbio do dólar
Pela manhã, o BC vendeu a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, com volume correspondente a US$ 198,7 milhões. Todos os contratos vendidos vencem em 2 de fevereiro de 2015. Também foram ofertados swaps para 1º de junho, mas nenhum foi colocado.
A autoridade monetária também vendeu a oferta total de até 7 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em agosto. Ao todo, o BC já rolou cerca de 55% do lote total, que corresponde a US$ 9,457 bilhões.
As informações das cotações de fechamento são fornecidas pelo Portal Financeiro Investing.com Brasil.
Mundo-Nipo. Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita do Mundo-Nipo.com. Para maiores esclarecimentos, leia a Restrição de uso.
Descubra mais sobre Mundo-Nipo
Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.