O dólar fechou em queda ante o real nesta quarta-feira (24), com o mercado cauteloso diante das preocupações com as contas públicas no Brasil e com a possibilidade de alta dos juros nos Estados Unidos.
A moeda norte-americana recuou 0,33% e encerrou o dia cotada a R$ 3,2229 na venda, após subir 1% na sessão anterior, segundo a agência de notícias ‘Reuters’.
Com o resultado, o dólar acumula queda de 0,49% na semana. No mês e no ano, a desvalorização chega a 0,61% e 18,3%, respectivamente.
O mercado aguarda uma série de eventos nesta e na próxima semana antes de rever apostas para o câmbio. No exterior, investidores continuavam à espera do discurso da presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos), Janet Yellen, previsto para sexta-feira (26). O mercado aguarda novas pistas sobre a possibilidade de os juros subirem ou não neste ano nos EUA.
Juros mais altos nos EUA podem atrair para lá recursos atualmente aplicados em países onde as taxas são maiores, como o Brasil.
No cenário interno, as atenções estão centradas para o início do julgamento final do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, que começa amanhã e vai até a quarta-feira que vem.
Investidores também continuam preocupados com as contas públicas do país. Na madrugada desta quarta-feira, o Congresso Nacional aprovou o texto-base da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) de 2017, na versão proposta pelo presidente interino, Michel Temer.
Apesar da vitória, o governo Temer tem enfrentado dificuldades para conseguir apoio de parlamentares e aprovar medidas de ajuste das contas públicas, em especial o projeto que limita o crescimento das despesas federais.
Atuação do Banco Central
Outro fator que tem levantado dúvidas no mercado é a postura do Banco Central no mercado de câmbio. Nesta sessão, o BC voltou a vender 10 mil swaps reversos, contratos que equivalem à compra futura de dólares.
Investidores querem saber se o governo vai tentar evitar quedas mais fortes do dólar. A moeda barata demais pode atrapalhar a recuperação econômica porque prejudica as exportações e impulsiona as importações. Por outro lado, o dólar alto faz a inflação acelerar.
Fontes: Agência Reuters | UOL Economia.
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