As forças militares de Japão, Estados Unidos e Coreia do Sul anunciaram novos exercícios navais conjuntos na península coreana, um esforço que, segundo os três países, tem como objetivo aumentar a capacidade de detectar lançamentos de mísseis da Coreia do Norte, de acordo com a imprensa japonesa.
O Estado-Maior Conjunto sul-coreano declarou à imprensa que as manobras de dois dias tiveram início nesta terça-feira (24), em águas próximas ao Japão e à Coreia do Sul, adiantou a emissora pública ‘NHK’.
O órgão de defesa sul-coreana explicou que “destroieres Aegis tem como missão, de maneira conjunta, detectar, rastrear e compartilhar informações sobre um disparo simulado de um míssil balístico”.
Os exercícios militares trilaterais são o quinto do gênero desde que os três países iniciaram manobras conjuntas em junho do ano passado.
EUA enviará esquadra de caças F-35A ao Japão
A Coreia do Norte ameaça atacar os Estados Unidos e suas bases com frequência e provavelmente ficará furiosa com as manobras em curso e com o recente anúncio de que a força aérea norte-americana vai enviar seus mais novos caças stealth para a base de Kadena, em Okinawa, em uma aparente tentativa de mostrar força contra a Coreia do Norte.
A Forças Aérea do Pacífico, dos EUA, anunciou na segunda-feira o envio de uma dúzia de caças F-35A e um contingente de aproximadamente 300 soldados da aeronáutica para a Base Aérea de Kadena.
Será o primeiro envio de caças F-35A a Kadena, que já abriga dezenas de caças F-15. A esquadra e o contingente pertencem à base no estado americano de Utah, com as primeiras unidades chegando ao Japão já em novembro. Já o contingente deverá permanecer no Japão por um período máximo de seis meses.
Em declaração à imprensa, o comandante das Forças Aéreas do Pacífico, o general Terrence O’Shaughnessy, afirmou que “os F-35A apresentam precisão de ataque sem precedentes contra ameaças atuais e futuras”.
As tensões na Península Coreana aumentaram consideravelmente na esteira de uma série de testes armamentícios de Pyongyang, incluindo seu sexto e mais poderoso teste nuclear realizado em 3 de setembro e dois lançamentos de mísseis sobre o Japão, além de uma guerra de ameaças entre os EUA e a Coreia do Norte, sobrando ainda para o Japão, maior aliado dos EUA na região.
Agora, o regime do ditador norte-coreano Kim Jong-un tem a atenção voltada às ações do primeiro-ministro japonês Shinzo Abe, que venceu as eleições parlamentares japonesas no ultimo final de semana, prometendo mexer de vez na Constituição pacifista do país para reaver o direito de enviar suas tropas militares ao exterior, tanto para defesa como para ataque, um direito perdido após a derrota japonesa na Segunda Guerra Mundial.
Do Mundo-Nipo
Fontes: NHK World News | Kyodo News.