O principal indicador da inflação ao consumidor no Japão, ou seja, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), ficou estável em fevereiro na comparação anual, marcando o segundo mês seguido de estagnação, de acordo com um relatório preliminar divulgado nesta sexta-feira (25) pelo governo do país.
O núcleo do CPI, que exclui os preços voláteis dos alimentos frescos, mas inclui energia, ficou estável tanto na comparação mensal como anual e veio em linha com as expectativas mediana de analistas para o segundo mês de 2016. O índice situou-se em 102,5 em fevereiro contra a base de 100 estabelecida em 2010, de acordo com os números preliminares do Ministério dos Assuntos Internos e Comunicações do país.
Já o índice de preços que inclui todos os itens apresentou leve alta de 0,1% na base mensal e subiu 0,3% na comparação anual, o que representa uma forte desaceleração quando comparado com as leituras dos meses anteriores.
O índice da CPI que exclui os preços voláteis tanto de alimentos como de energia, a medida preferida do Banco do Japão (BoJ), teve alta de 0,2% na base mensal e elevação de 0,8% em termos anualizados. Embora apresente alta pelo 29º mês consecutivo, o índice vem desacelerando gradativamente. Em janeiro, esse índice teve alta de 1,1%, enquanto dezembro subiu 1,3%, ambos na comparação anual.
O resultado representa um duro golpe sobre os esforços do governo do primeiro-ministro Shinzo Abe para impulsionar a persistente estagnação econômica, indicando também que o Banco do Japão continuará a enfrentar ventos contrários em sua meta de impulsionar a inflação, “atualmente em zero”, para 2%, que estima atingir em algum momento do primeiro semestre do ano fiscal de 2017.
*A tabela com os dados completos pode ser conferida no site do Ministério dos Assuntos Internos e Comunicações.
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