A Coreia do Norte realizou nesta terça-feira (25) um impressionante exercício com artilharia de longo alcance perto da cidade de Wonsan, no leste do país, coincidindo com o 85º aniversário da fundação de seu exército, segundo fontes do governo da Coreia do Sul, citado pela agência de notícias sul-coreana ‘Yonhap’.
“Foram detectados sinais de que os militares norte-coreanos estão conduzindo exercícios de tiro em larga escala perto de Wonsan, na costa leste do país”, disse um funcionário do governo sul-coreano, de acordo com a agência de notícias ‘Reuters’.
A Yonhap disse que o exercício, um dos maiores já realizados no país, envolveu artilharia de longo alcance, entre 300 e 400 disparos, ainda de acordo com a ‘Reuters’.
O líder norte-coreano Kim Jong-un teria participado das manobras, onde teria testado artilharia de longo alcance, de acordo com a fonte do governo. Fontes da “Yonhap” dizem que foi “o maior exercício de tiros” até agora.
Segundo o portal de noticias ‘G1’, especialistas acreditavam que o país poderia realizar um teste nuclear ou o lançamento de um míssil balístico aproveitando a ocasião. Mas nas últimas horas não foi detectado nenhum teste do tipo.
“Nenhum desenvolvimento fora do comum foi detectado”, afirmou o ministério da Defesa da Coreia do Sul, detalha o portal.
Os exercícios coincidiram com a chegada de um submarino americano com mísseis guiados à Coreia do Sul e com a reunião realizada no Japão com diplomatas de Washington, Tóquio e Seul, para discutir a crescente ameaça dos programa de mísseis e armas nucleares da Coreia do Norte.
Temor de teste nuclear
O exercício militar norte-coreano, bem como a comemoração, ocorrem em um momento de tensão na região por conta dos testes armamentísticos de Pyongyang e o crescente temor que o país asiático realize um novo teste nuclear que aumente a crise com os Estados Unidos.
Imagens feitas por satélite mostram atividades no centro de testes nucleares de Punggye-ri, na Coreia do Norte, que exibiu há dez dias um grande desfile militar.
A Coreia do Norte disse na segunda (24) que reforçará suas “medidas nucleares de auto-defesa”, após a ordem de Washington de enviar para a península coreana o porta-aviões Carl Vinson, em resposta ao lançamento de um míssil norte-coreano no início do mês.
As forças armadas da Coreia do Norte “responderão com golpes mortais” e resistirão “qualquer tentativa de guerra total com um ataque nuclear sem piedade”, disse o regime.
Na última quinta-feira (20), o ‘Rodong Sinmun’, jornal oficial do governista Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte, alertou os Estados Unidos para um “ataque preventivo superpoderoso”.
“No caso de nosso ataque preventivo superpoderoso ser lançado, irá eliminar completa e imediatamente não só as forças de invasão imperialistas dos EUA na Coreia do Sul e nas áreas circundantes, mas os EUA continentais, e reduzi-los a cinzas”, declarou o jornal estatal norte-coreano, citado pela agência ‘Reuters’.
O presidente americano Donald Trump e vários altos funcionários de sua administração advertiram a Coreia do Norte que “todas as opções estão sobre a mesa” no caso dos programas nuclear e balístico de Pyongyang, incluindo a opção militar.
Trump afirmou na segunda-feira que o Conselho de Segurança da ONU deveria “estar preparado” para impor novas sanções a Pyongyang. A ONU já aprovou seis séries de sanções contra a Coreia do Norte, detalhou o ‘G1’.
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