Do Mundo-Nipo com Agências
O dólar fechou em queda de quase 1% ante o real nesta quarta-feira (25), caindo ao menor nível desde 10 de abril de 2014, quando a moeda norte-americana fechou em R$ 2,204.
O dólar comercial encerrou o dia com desvalorização de 0,93%, contado a R$ 2,206 para a venda, após fechar em alta de 0,40% na véspera. Segundo dados da BM&F, o movimento financeiro ficou em torno de US$ 1,4 bilhão.
A queda foi influenciada pela decisão do Banco Central Brasileiro, na véspera, de manter seu programa de intervenções no câmbio. Também pesou a forte contração da economia dos Estados Unidos no primeiro trimestre.
Na noite anterior, a autoridade monetária anunciou que manterá “pelo menos até o 31 de dezembro” as ofertas diárias de 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares. Recentes declarações do presidente do BC, Alexandre Tombini, de que via arrefecimento na demanda por proteção cambial haviam levado investidores a apostarem numa redução dos lotes. De acordo com a Agência Reuters, esse tem sido o montante ofertado nos leilões diários desde o início deste ano e tinha previsão para acabar no fim de junho.
A decisão do BC surpreendeu o mercado e deu segurança aos agentes sobre a determinação do BC em manter a divisa nos níveis atuais e evitar a volatilidade desnecessária. Até então havia expectativa de que intervenções seriam reduzidas em meio à tranquilidade nos mercados globais.
A queda do dólar no Brasil também espelhou a depreciação da moeda norte-americana nos mercados globais, após a economia dos EUA encolher em ritmo muito mais agudo do que estimado e as encomendas de bens duráveis registrarem queda inesperada em maio.
Os indicadores sugerem que a recuperação da maior economia do mundo pode estar aquém das expectativas, num momento em que o Federal Reserve, banco central do país, reduz suas medidas de estímulo e discute eventual aumento da taxa de juros.
Intervenções do Banco Central no câmbio do dólar
Nesta sessão, o BC deu continuidade às rações diárias vendendo a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, com volume equivalente a US$ 198,4 milhões. Foram 2,5 mil contratos para 2 de fevereiro e 1,5 mil para 1º de junho de 2015.
Em seguida, vendeu a oferta total de até 10 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em julho. Ao todo, já rolou pouco mais de 75 por cento do lote total, que corresponde a US$ 10,060 bilhões.
As informações das cotações de fechamento são fornecidas pelo Portal Financeiro Investing.com Brasil.
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